O primeiro-ministro da Nova Zelândia, Bill English, está a ser alvo de críticas depois de ter sido apanhado em declarações contraditórias. As afirmações dizem respeito à polémica com as escutas ilegais que o deputado Todd Barclay fez a uma funcionária.

O caso remonta a fevereiro de 2016, quando o deputado Todd Barclay começou a ser investigado por supostamente ter registado conversas privadas no seu escritório com uma funcionária. Na altura, o primeiro-ministro escreveu um texto onde mostrava total desconhecimento de tais gravações. Dois meses mais tarde, em abril, prestou declarações à polícia. As autoridades acabaram por deixar cair o assunto por falta de provas e perante a recusa de Barclay em ser interrogado.

Esta semana o caso mudou de figura, depois de English ter admitido saber da situação, porque o próprio deputado lhe tinha admitido, numa reunião cara a cara, que tinha gravado uma funcionária a criticá-lo no escritório. Bill English está ainda a ser alvo de críticas por tentar esconder o assunto com um suborno pago à funcionária em causa, quando esta se retirou.

O líder do Partido Trabalhista, Andrew Little, já veio acusar também o primeiro-ministro por este ter feito “de tudo para esconder isto do público”. Já Bill English já mostrou arrependimento com a situação contraditória em que se encontra e que “se sente mal com a situação”.

Barclay, que inicialmente negou as acusações e que mais tarde veio dizer que tinha sido um engano, afirmou esta quarta-feira que não vai concorrer às eleições de setembro.

Todd Barclay assumiu o cargo de Bill English para deputado do distrito de Clutha-Southland em 2014. O caso acontece três meses antes das eleições gerais de setembro e pode vir a comprometer a campanha eleitoral do Partido Nacional.

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