Os incêndios que lavram de Norte a Sul obrigaram, pelas 19h53, ao corte da A14, que liga Coimbra a Figueira da Foz, e da A23, entre Abrantes Oeste e Abrantes, nos dois sentidos. Os esforços estiveram concentrados em Abrantes, onde mais de 700 bombeiros combatem as chamas há mais de 48h. O fogo chegou a entrar dentro da cidade, a ameaçar algumas habitações e esteve a paredes meias da zona industrial. Até ao momento, 23 pessoas ficaram feridas, 19 em Abrantes e quatro na Mealhada.

A circulação ferroviária na Linha da Beira Alta também esteve interrompida. Foi cortada às 19h14 devido a um fogo que consumiu uma zona de mato na zona industrial de Nelas.

De acordo com a Proteção Civil, há ainda uma aeronave marroquina a combater os incêndios em Portugal. Uma parelha de Canadairs espanhóis esteve toda a tarde a ajudar no combate às chamas. Patrícia Gaspar, porta-voz da Proteção Civil, confirmou ainda um acidente com um Fireboss português que embateu em cabos de megatensão, na zona de Abrantes. A aeronave aterrou de emergência em Proença-a-Nova sem registo de ferimentos.

Abrantes

O incêndio de maior dimensão é o de Abrantes, no distrito de Santarém, que concentra esforços de 709 bombeiros apoiados por 228 meios terrestres e 2 meios aéreos, desde que deflagrou na tarde de quarta-feira, 9 de agosto.

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Pelas 19h00 o incêndio obrigou ao corte da A23 nos dois sentidos, entre Abrantes e Abrantes Oeste.

O incêndio em Abrantes, no distrito de Santarém, fez um total de 19 feridos leves. “São ferimentos ligeiros: entorses, quedas, algumas inalações de fumo”, avançou a adjunta de operações da Autoridade Nacional de Proteção Civil Patrícia Gaspar, indicando que “algumas destas vítimas acabaram por ser assistidas apenas no teatro de operações e puderam rapidamente retomar a sua atividade”.

Cantanhede

O fogo de Cantanhede, distrito de Coimbra, obrigou ao corte da A14 nos dois sentidos ao quilómetro 32, que liga Coimbra a Figueira da Foz. Já na quinta-feira a circulação foi cortada nesse troço devido ao incêndio de grandes dimensões que mobiliza já cerca de 111 operacionais apoiados por 34 meios terrestres, de acordo com a informação disponível no portal da Autoridade Nacional de Proteção Civil. Desta vez, esta estrada foi cortada “por motivos de segurança e por falta de visibilidade para os condutores”, de acordo com a última atualização da Proteção Civil.

O presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado, ativou o Plano Municipal de Emergência, por volta das 19h40.

Mealhada

No distrito do Aveiro, o incêndio na Mealhada arde há mais de 24 horas e é combatido por 377 operacionais e um meio aéreo. O incêndio, que “está muito ativo”, provocou três vítimas civis e um bombeiro, todos feridos ligeiros.

Santo Tirso

No norte, em Folgosa e Santo Tirso, há registo de casas ameaçadas pelas chamas. Um bombeiro foi hospitalizado durante o combate às chamas, após assistência no local. “O fogo chegou às casas do lugar de Folgosa”, acrescentou uma fonte dos Bombeiros de Santo Tirso, acrescentando que “por dificuldades de comunicação com os operacionais no terreno”, desconhece-se se as casas tiveram de ser evacuadas. Este incêndio obrigou ao corte da A3, nos dois sentidos, ao quilómetro 16,5, mas a circulação já foi reposta.

Nelas

A circulação na Linha da Beira Alta, entre Nelas e Mangualde, encontra-se interrompida devido a um incêndio que lavra no concelho de Nelas, disse à Lusa fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro de Viseu.

De acordo com a fonte, a Linha da Beira Alta foi cortada às 19h14 devido a um fogo que consumia uma área de mato na zona industrial de Nelas.

O incêndio, ativo desde as 18h00, esteve a ser combatido por 135 bombeiros, apoiados por 30 meios terrestres e três meios aéreos, informava a página da Proteção Civil.

Última atualização às 00h55