A economia portuguesa cresceu 2,8% no segundo trimestre do ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, o mesmo ritmo em termos homólogos, mas abrandou o ritmo de crescimento face ao primeiro trimestre deste ano: apenas 0,2%, comparado com o crescimento de 1% no primeiro trimestre do ano.

As expetativas eram de que a economia avançasse a um ritmo superior a 3%, o mais elevado desde o início do século. No entanto, os resultados falharam, para já, as estimativas mais otimistas dos economistas. Segundo o INE, a economia portuguesa cresceu exatamente ao mesmo ritmo que havia crescido no primeiro trimestre do ano, quando a comparação é feita com o ano passado.

O resultado é positivo. É, a par do primeiro trimestre, o ritmo de crescimento mais elevado desde o final de 2007, quando registou um crescimento homólogo também ele de 2,8%. É também o décimo quinto trimestre consecutivo a crescer, ou seja, quase quatro anos consecutivos de crescimento em termos homólogos.

No entanto, explica o INE, as exportações não deram o contributo esperado e caíram ainda mais que as importações e, mesmo com a procura interna a ajudar a economia a crescer, ainda mais do que o que havia acontecido nos primeiros três meses do ano, devido ao crescimento do investimento, não chegou para dar maior gás à economia.

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Já no crescimento em cadeia, a tendência não é tão positiva. De acordo com o INE, o PIB cresceu apenas 0,2% quando comparado com o que havia acontecido nos primeiros três meses do ano, um abrandamento significativo face ao que aconteceu nos últimos três trimestres. No primeiro trimestre do ano, a economia cresceu 1% face ao trimestre anterior. Há um ano que o ritmo de crescimento em cadeia não era tão baixo.

Aquém das estimativas

A expetativa era que a economia crescesse mais rápido que no primeiro trimestre, em termos homólogos. De acordo com um conjunto de economistas consultados pela Agência Lusa, a economia deveria crescer acima de 3%. No seu espaço habitual de comentário na SIC, Luís Marques Mendes também antecipava um crescimento histórico.

A atingir os 3%, a economia teria um registo histórico que não acontecia desde o final do ano 2000. O Núcleo de Estudos de Conjuntura da Economia Portuguesa (NECEP), da Universidade Católica e o BBVA, antecipavam um crescimento superior a 3% e o Montepio um crescimento de 2,9%. Só os economistas do ISEG antecipavam um crescimento de 2,8%, o que acabou por se verificar.

Os resultados não chegaram como esperado. Mas esta é apenas a primeira estimativa do INE para os números do segundo trimestre. No final deste mês, o INE dá a conhecer a segunda estimativa, quando publicar o destaque das Contas Nacionais Trimestrais do segundo trimestre.