A notícia está a ser avançada pela agência France-Presse: o Comité de Controlo Financeiro dos Clubes da UEFA vai abrir um inquérito ao Paris Saint-Germain para averiguar se o clube francês violou ou não as regras do fair play financeiro. Em causa estará a transferência de Neymar, que se mudou este Verão do Barcelona para o PSG por 222 milhões de euros.

Aquando da transferência, e questionado pela agência EFE sobre a possibilidade de incumprimento por parte do Paris Saint-Germain, o responsável da UEFA pelo fair play financeiro, Andrea Traverso, alertou: “Só podemos fazer cálculos a posteriori e, assim, verificar se as regras são cumpridas. Mas analisaremos os detalhes do negócio [de Neymar]”.

Também o presidente do clube parisiense, Nasser Al-Khelaifi, se pronunciaria sobre as alegadas irregularidades aquando da apresentação do brasileiro no Parque dos Príncipes, optando por desvalorizar a situação. “Tudo foi feito de forma transparente com a UEFA. Não há qualquer problema com o fair play financeiro. Tivemos uma grande equipa a trabalhar dia e noite para que todas as normas fossem respeitadas. Podem ficar tranquilos, vão tomar um café», disse aos jornalista Al-Khelaifi.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

As regras do fair play financeiro foram implementadas pela UEFA em 2011. Segundo estas, “os clubes podem gastar até mais cinco milhões de euros do que ganham por período de avaliação [três anos]”. Caso estas regras sejam infringidas, as sanções por parte da UEFA podem ir desde a exclusão do clube infrator das competições europeias até uma limitação do número de jogadores inscritos no mercado de transferências seguinte.

Até hoje, apenas seis clubes foram impedidos de participar nas competições europeias, todos eles por terem salários em atraso ou dívidas em atraso a outros clubes. O FC Porto foi um dos clubes “apanhados” pelo fair play finaceiro da UEFA. Em junho, os portistas foram castigados com uma multa de 700 mil euros — mais o pagamento condicional de mais 1,5 milhões de euros.

O PSG poderia ter contornado as regras do fair play finaceiro se tivesse vendido jogadores este Verão. E o jornal Le Parisien chegou mesmo a avançar que Antero Henrique, o português que é diretor-desportivo do clube, era o responsável pela venda de “excedentários” como Di María, Pastore, Draxler, Ben Arfa, Krychowiak ou Aurier. Apenas os dois últimos saíram: Krychowiak por empréstimo (para o West Bromwich) e Aurier definitivamente, para o Tottenham, por 25 milhões de euros.