É já na próxima sexta-feira que é esperada a grande corrida às compras. Muitas marcas começaram a praticar descontos durante a semana (já fizemos uma lista dos melhores), mas é a 24 de novembro que as campanhas de Black Friday atingem o pico, nas lojas físicas e online. A Deco e o Portal da Queixa aproveitam no entanto para alertar os consumidores para as possíveis fraudes da sexta-feira negra. Porque nem todos os descontos são sinónimo de boas oportunidades de compra, a Deco disponibilizou uma ferramenta online que compara os preços de dezenas de lojas e marcas e que pode ser utilizada gratuitamente.

“Antes de comprar compare o preço dos artigos que pretende adquirir, para no dia não se surpreender com os preços ‘mascarados’ de promoções que na realidade não são assim tão aliciantes”, pode ler-se no site do Portal da Queixa. É aqui que entra a dita ferramenta, que analisa a evolução do preço de um determinado produto nos últimos sete, 30 e 90 dias. Atenção, a plataforma apenas tem em conta lojas online, pelo que é imprescindível introduzir o URL da página onde o produto que quer comparar está à venda.

Simulação da ferramenta “Comparar Preços” feita pela Deco.

Na prática, só tem de saber ler as cores. O verde é sinal de que o negócio vale a pena, tendo em conta a evolução do preço nos últimos tempos.

Simulação da ferramenta “Comparar Preços” feita pela Deco.

O amarelo quer dizer que o preço depois do desconto apresenta pouca diferença dos registados nos dias anteriores.

Simulação da ferramenta “Comparar Preços” feita pela Deco.

Se lhe aparecer o vermelho, então o melhor é mesmo partir para outra: o preço já esteve mais baixo e não foi há tanto tempo quanto isso.

A Deco também alerta: “[…] por vezes esta propaganda não corresponde a verdadeiras oportunidades para fazer bons negócios. Em 2016 e 2015, por exemplo, detetámos vários casos de subida dos preços dias antes da Black Friday, por forma a simular promoções mais interessantes, mas enganosas para o consumidor”. No ano passado, 25% dos produtos pesquisados (milhares) não tinham um preço compensador. Em 2015, a mesma associação investigou os preços das lojas online Box Jumbo, El Corte Inglés, Fnac, Phone House, Radio Popular, Staples e Worten, antes e durante a campanha. A conclusão foi surpreendente: antes da Black Friday, algumas delas tinham subido os preços de 10% dos produtos analisados.

O Portal da Queixa lançou também um site que reúne descontos de marcas selecionadas com base no índice de satisfação registado pelo próprio portal. O grau de confiança das marcas parece ser outro dado importante na altura de preparar uma ida às compras. O mesmo portal aconselha à consulta de comentários e reviews de outros clientes (dos produtos e das lojas) para mais uma vez haver certeza de que é um bom negócio. À primeira, tudo parece uma pechincha, mas as “black fraudes” andam aí e ambas as organizações estão preparadas para receber todas as queixas.

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