O ex-provedor da Santa Casa da Misericórdia e candidato à liderança do PSD, Pedro Santana Lopes, admitiu esta terça-feira que o Governo e o Banco de Portugal levantaram a hipótese de a Santa Casa entrar no capital do Montepio Geral e que viam “com bons olhos a possibilidade”, mas que até ter saído da Santa Casa ainda não estava concluída a auditoria pedida à situação financeira da instituição.
Depois de José Miguel Júdice ter dito, num comentário na TVI, que o Governo e o Banco de Portugal “fizeram uma pressão enorme sobre a Santa Casa para que a Santa Casa entrasse no Montepio” e que Santana Lopes não foi capaz de dizer que não, por isso mandou fazer uma auditoria, o candidato à liderança do PSD enviou um esclarecimento às redações onde diz que a questão foi de facto colocada pelo Governo e pelo banco central.
Segundo Pedro Santana Lopes, “as duas entidades assumiram ver com bons olhos essa possibilidade, tendo declarado sempre que respeitavam a esfera da autonomia da SCML [Santa Casa da Misericórdia de Lisboa]” e que ambos pediram essa decisão, mas que a Santana Casa decidiu pedir antes de tudo uma auditoria à situação tanto da Caixa Económica, como da Associação Mutualista.
Essa auditoria, explicou Pedro Santana Lopes, “ainda não tinha chegado” à data que tinha cessado funções. O que se passou desde então, diz o agora candidato à liderança do maior partido da oposição, tem de ser verificado com o atual provedor da Santa Casa e com a atual Mesa, da qual já não faz parte.