A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) instaurou 23 processos de contraordenação e suspendeu a atividade de uma cantina escolar por falta de higiene, como resultado de uma operação de fiscalização a 129 cantinas do ensino pré-escolar, básico, secundário, superior e/ou profissional, de natureza pública ou privada.

“Como resultado destas ações, foram fiscalizados 129 operadores económicos, tendo sido instaurados 23 processos de natureza contraordenacional, destacando-se como principais infrações o incumprimento dos requisitos gerais e específicos de higiene, a inexistência de processo(s) baseados nos princípios do HACCP ou a sua deficiente implementação e a falta de inspeção periódica à instalação de gás”, lê-se no comunicado enviado pela ASAE às redações, esta sexta-feira.

“Foi ainda determinada a suspensão de atividade de uma cantina escolar por incumprimento dos requisitos gerais e específicos de higiene.”

A operação de fiscalização foi realizada nas últimas semanas do 1.º período escolar a nível nacional “com o objetivo de verificar o fornecimento de refeições aos alunos com o objetivo de garantir as condições relativas à Segurança Alimentar”.

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Investigação. O que está a falhar nas cantinas escolares?

Este ano o número de denúncias sobre a quantidade e a qualidade das comida nas cantinas escolares aumentou. E levou mesmo o Ministério da Educação a aumentar a fiscalização por todo o país, com a criação de equipas próprias.

Em média são servidas cerca de 500 mil almoços por dia. E nos últimos três anos, os fiscais da ASAE encontraram alimentos deteriorados, com qualidade ou composição alterada, ou mesmo em estado de decomposição ou putrefação em cantinas e refeitórios escolares e que resultaram na instauração de 20 processos crime e na suspensão da atividade em 13 operadores económicos ou estabelecimentos.

ASAE encontra alimentos podres ou em decomposição em cantinas escolares e abre processos crime