O Corredor Ferroviário do Sul arranca, no primeiro trimestre deste ano, com o lançamento do concurso para a construção do troço entre Évora e Elvas e o início da obra de Elvas até à fronteira do Caia.

São “dois momentos importantes”, que vão ocorrer “ainda neste primeiro trimestre”, e que “marcam o arranque da construção deste eixo ferroviário”, afirmou esta sexta-feira o primeiro-ministro, António Costa, em Évora. Numa reunião com o Conselho Regional da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDRA), o chefe do Governo assinalou que o Corredor Ferroviário do Sul é “dos investimentos mais estruturantes do Portugal 2020”.

O projeto “terá, ainda neste primeiro trimestre, dois momentos importantes”, disse António Costa, referindo-se ao “arranque do concurso para a construção da linha ferroviária no troço Évora — Elvas” e ao início da “obra física entre Elvas e a fronteira” do Caia.

O Corredor Ferroviário do Sul “é absolutamente fundamental para podermos proceder a uma boa inserção” do conjunto da região do Alentejo na Europa, mas também para “valorizar devidamente essa extraordinária plataforma atlântica que a região dispõe que é o porto de Sines”, referiu.

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O primeiro-ministro notou que o Alentejo “é uma região que é capaz de se projetar no mundo através da sua faixa atlântica, mas é capaz também de ser uma grande plataforma de afirmação no conjunto do mercado ibérico e na Europa, através desta linha ferroviária e de todo o vasto território que tem junto à fronteira com Espanha”. No final da reunião, nem o primeiro-ministro, nem o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, também presente na sessão, quiserem prestar declarações aos jornalistas.

Em dezembro, o Ministério do Planeamento anunciou o lançamento, no primeiro trimestre de 2018, dos concursos públicos para a construção do troço ferroviário entre Évora e Elvas, integrado na ligação de mercadorias do Corredor Internacional Sul.

Em causa estão portarias, já publicadas em Diário da República, que autorizam a tutela a contratar as empreitadas para construir os troços entre o Freixo e o Alandroal, entre Évora Norte e Freixo e ainda entre o Alandroal e a Linha do Leste e ainda a fazer um contrato de prestação de serviços para a fiscalização destas obras, que implicam uma nova ligação ferroviária de Évora à Linha do Leste (junto a Elvas), do Corredor Internacional Sul.

“Estas portarias vão permitir o lançamento destes concursos no primeiro trimestre de 2018”, explicava o Ministério do Planeamento e das Infraestruturas em resposta escrita enviada à agência Lusa.

Ao todo, o investimento ronda os 422 milhões de euros, dos quais 264 milhões de euros são comparticipados pelo Estado e as verbas restantes — 158 milhões de euros — são suportadas por fundos comunitários, no âmbito do Programa Mecanismo Conectar Europa (CEF), segundo um ponto de situação enviado à Lusa.

O documento precisa que a maior fatia de investimento diz respeito à ligação Alandroal-Linha do Leste (220 milhões de euros), seguindo-se a ligação Freixo-Alandroal (105 milhões de euros) e a ligação Évora Norte-Freixo (70 milhões de euros), enquanto a fiscalização terá um custo de 27 milhões de euros.

Na altura, a tutela frisava que “este troço é fundamental para completar um corredor internacional ferroviário” e que, em Portugal, vai “completar a ligação entre os portos de Sines e Setúbal e a fronteira com Espanha”.