A Cidade do Cabo conseguiu adiar por quatro dias a data em que ficará sem água, atualmente estimada para 16 de abril, devido à grave seca de que a zona padece, anunciaram esta terça-feira fontes oficiais.

Graças à poupança de água dos habitantes da turística cidade, a segunda mais povoada da África do Sul, o denominado “Dia Zero”, em que o nível de água nas barragens chegará aos 13,5% e o fornecimento normal de água será interrompido na maior parte das áreas residenciais, passou de 12 para 16 de abril.

Até agora, a contagem decrescente vinha diminuindo, em vez de recuar, já que estava a gastar-se demasiada água.

“Graças aos esforços de poupança de água de muitos residentes da Cidade do Cabo, confirmou que começámos a empurrar para trás o Dia Zero”, celebrou esta terça-feira, em comunicado, Mmusi Maimane, líder da Aliança Democrática, da oposição, cujo principal bastião político é a região do Cabo Ocidental.

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Maimane declarou que, embora “quatro dias possam não parecer muito”, este progresso é “fundamental” porque mostra que os “esforços deram fruto” e que se pode evitar o Dia Zero.

A grave seca que assola a zona é um fenómeno invulgar, já que não só deriva da escassez de precipitação que caracterizou a passada estação de chuvas (abril-outubro), como de o nível de chuva ter sido particularmente baixo também nos dois anos anteriores.

Os níveis das reservas de água são diariamente atualizados pelas autoridades locais, que instam a população a manter o consumo por pessoa e por dia em 50 litros, no máximo.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), só num duche de cinco minutos, gastam-se cerca de 100 litros de água.