O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, considerou esta segunda-feira, na cerimónia de assinatura dos protocolos de associação ao Contrato Local de Segurança de Lisboa, que a segurança constitui “um dos elementos essenciais para a inclusão social”.

“A segurança é um valor que não tem uma expressão estritamente técnico-policial, essa é a pior forma de olharmos para ela”, começou por afirmar Eduardo Cabrita nos Paços do Concelho.

Na opinião do ministro, “a segurança é um dos elementos essenciais para a inclusão social, para a competitividade, para a atratividade das cidades, dos países”, e por isso “a aposta na segurança” é “decisiva para motivar investimento”.

“E, por isso, a política de segurança tem esta dimensão local que queremos com a autarquia de Lisboa acentuar e aprofundar nas suas várias frentes”, considerou. Como exemplo disto, o ministro lembrou a descentralização de competências para a Polícia Municipal, medida que antes “era impossível”, mas agora “está consolidada a bem do país e a bem de Lisboa”.

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Apontando que Portugal é “um dos países mais seguros do mundo”, o responsável advogou que “o sucesso do turismo de Lisboa, que teve em 2017 o ano mais notável de sempre, deve-se também a esta consciência global que comparativamente com tantas outras, Lisboa é uma das capitais mais seguras do mundo”.

Os protocolos de associação ao Contrato Local de Segurança de Lisboa assinados neste dia referem-se aos projetos “Juntos somos +”, “Eu sou Segurança” e “Chave de Prata”, desenvolvidos nos bairros do Casal dos Machados, da Cruz Vermelha e no Bairro de Santos (Rego). Estes projetos preveem maioritariamente iniciativas dedicadas a jovens e idosos, que irão decorrer ao longo do ano nas freguesias do Parque das Nações, Avenidas Novas e Lumiar.

No final da cerimónia, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina (PS), anunciou que “além destes bairros que já estão definidos, vai haver contratos assinados com o Bairro do Armador, com o Bairro do Condado e com o Bairro Padre Cruz”.

Estas novas localizações “já estão definidas e acordadas com o Ministério da Administração Interna”, mas o objetivo da Câmara é “estender a mais duas zonas da cidade Lisboa”.

Questionado relativamente a prazos, o líder do executivo municipal apontou que no “primeiro semestre fique estabilizado”, porque esta “metodologia de trabalho relativamente aos contratos locais de segurança envolve uma constituição da rede dos parceiros locais”, e a “definição dos projetos específicos”.

A “definição concreta dos públicos-alvo, dos projetos tem de ser feita ao longo dos meses, e uma vez constituída estamos em condições de fazer a assinatura, ter o financiamento do Ministério da Administração Interna e começar a sua execução no terreno”, explicou o socialista.

Dado que estes bairros enfrentam problemas de segurança, Fernando Medina advogou que não se pode pensar que “os meios de polícia substituem a intervenção na base”.

Dado que estes “são bairros que têm problemas de exclusão há muito tempo”, os “problemas da falta de segurança e dos sentimentos de insegurança não se resolvem só com uma intervenção policial direta, é preciso uma intervenção mais de fundo, mais estruturada”, apontou.