Um dia depois da entrevista de Adolfo Mesquita Nunes a assumir publicamente a homossexualidade, a líder do CDS, Assunção Cristas, reagiu em declarações ao Expresso, dizedndo que tem “uma grande admiração e respeito” pelo dirigente centrista.”É um dos mais notáveis pensadores da política em Portugal e orgulho-me muito de tê-lo como vice-presidente”, acrescentou a líder do CDS.

Adolfo Mesquita Nunes assume homossexualidade em entrevista ao Expresso

A presidente do CDS disse que, na entrevista de vida concedida ao Expresso, Adolfo Mesquita Nunes “demonstrou coragem e retitude” e que, por isso, “o país fica a dever-lhe muito.” Assunção Cristas revelou ainda ao Expresso ter tido previamente conhecimento da entrevista e dos ataques de homofobia — por via da vandalização de cartazes — de que o seu vice-presidente foi alvo durante as autárquicas. “Sabia que o Adolfo daria a entrevista, como soube dos ataques pessoais de que foi alvo na campanha na Covilhã. O Adolfo sempre contou e conta com o meu apoio”, afirmou Assunção Cristas.

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A secretária de Estado da Modernização Administrativa, Graça Fonseca — que tinha sido a primeira governante a assumir publicamente a sua homossexualidade — também tinha elogiado no último sábado o facto de o vice-presidente do CDS, Adolfo Mesquita Nunes, por este ter feito o mesmo, contribuindo para “‘normalizar o que muitos consideram anormalidade“. Na sua conta no Twitter, Graça Fonseca lembrou que o preconceito que existe contra os homossexuais vai desde o “mais prestigiado médico” ao “anónimo das caixas de comentários dos jornais online.” É por isso que, nesta luta, não importa ser os “primeiros ou segundos” ou se “são atuais ou ex do governo”. E remata. “Bravo Adolfo!”

“Bravo, Adolfo”. Graça Fonseca aplaude vice do CDS por ajudar a “normalizar” a homossexualidade

O comissário europeu, Carlos Moedas, também elogiou no último sábado a “excelente entrevista” de Adolfo Mesquita Nunes, que classificou de “grande político” e de “um dos melhores políticos da sua geração.”