O Bloco de Esquerda admite a possibilidade de propor a isenção temporária do pagamento de portagens na Ponte 25 de Abril caso as obras tenham “impacto na travessia”. O deputado Heitor de Sousa acrescentou ainda que, tal como acontece com o CDS-PP, o partido pretende ouvir Pedro Marques – ministro do Planeamento e das Infraestruturas – no Parlamento.

É uma questão bastante pertinente. Se se confirmarem os impactos na travessia e na redução da qualidade do serviço prestado na travessia, se isso vier a acontecer, prevê-se que essa possibilidade [isenção de pagamento de portagens] ocorra”, explicou Heitor de Sousa em conferência de imprensa.

O deputado do Bloco de Esquerda, citado pelo Eco, acrescenta que é “surpreendente que a notícia de uma intervenção urgente surja agora, sabendo-se que existe uma monitorização e fiscalização permanente da parte das entidades, nomeadamente do Laboratório Nacional de Engenharia Civil”. Heitor de Sousa apontou depois para a Lusoponte, criticando o facto de ser o Estado a arcar com os custos das obras – avaliados em 18 milhões de euros. “Existe uma parceria público-privada com a Lusoponte para a gestão das pontes Vasco da Gama e 25 de Abril”, atirou o deputado bloquista.

As obras na principal ligação entre Lisboa e a margem sul do Tejo vão decorrer durante dois anos, à noite e aos fins de semana, segundo informação entretanto avançada pelas Infraestruturas de Portugal. O concurso público para a adjudicação da obra abre ainda este mês.

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A revista Visão noticiou esta quinta-feira que o Governo recebeu no mês passado um relatório do Laboratório Nacional de Engenharia Civil que alerta para a necessidade de “medidas urgentes” de reparação da ponte, depois de “terem sido detetadas ‘fissuras’ numa zona estrutural da travessia”.

Necessidade de obras na Ponte 25 de Abril foi identificada em 2016