Numa altura em que os efeitos económicos da pandemia estão na ordem do dia, Elton John é um dos exemplos de como nem a indústria do entretenimento musical escapa à atual crise. Aos 73 anos, o músico viu-se obrigado a cancelar a sua digressão de despedida dos palcos, perdendo cerca de 67 milhões de euros. O rombo corresponde às receitas esperadas da agenda de espetáculos até ao final deste ano.

Segundo o The Mail on Sunday, o desfalque terá apanhado o músico britânico e o marido David Furnish desprevenidos. A mesma publicação referiu que as perdas financeiras na sequência do cancelamento dos concertos não serão cobertas pelas seguradoras.

Com uma fortuna avaliada em mais de 400 milhões de euros, Elton John sempre teve fama de esbanjador. Contudo, o rombo financeiro de 2020 já obrigou o cantor a cortar algumas despesas, a começar pela banda que o acompanha há vários anos. O tabloide avançou os nomes do guitarrista Davey Johnstone e do baterista Nigel ­Olsson como tendo sido dispensados, pelo menos até que a agenda possa retomar com alguns espetáculos. Também um conjunto de empregados da sua mansão em Atlanta, nos Estados Unidos, terão sido dispensados.

Entre cancelamentos e adiamentos, no total, foram mais de 80 as datas da Farewell Yellow Brick Road afetadas pela atual pandemia. Ainda segundo o The Mail on Sunday, o rombo pode levar Elton John a recorrer ao layoff do Governo britânico, de forma a manter os funcionários da sua produtora Entertainment, com sede em Londres. No início da crise, com a medida estatal a garantir 80% do rendimento mensal dos trabalhadores, John comprometeu-se a assegurar ele próprio o encargo.

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