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A inflação também se encontra numa situação preocupante tendo ultrapassado o limite de 4,5% estabelecido pelo Governo do Brasil
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A inflação também se encontra numa situação preocupante tendo ultrapassado o limite de 4,5% estabelecido pelo Governo do Brasil

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A inflação também se encontra numa situação preocupante tendo ultrapassado o limite de 4,5% estabelecido pelo Governo do Brasil

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Depois do Carnaval, está o Brasil à beira da recessão?

O Brasil foi um dos países que mais cresceu nos últimos anos. Hoje, apresenta um crescimento negativo e a ameaça de recessão é iminente. Mas quais foram os fatores que levaram a esta mudança?

Há apenas alguns anos, este cenário era praticamente impensável: a economia brasileira, até recentemente uma das mais pujantes do mundo, encolheu 0,2% no primeiro trimestre de 2015. E corre agora o risco de cair em recessão técnica no segundo trimestre deste ano. Mas o que terá virado a tendência de crescimento do avesso? As respostas escondem-se por trás dos escândalos de corrupção que abalaram a confiança dos investidores, da desvalorização acentuada do real que contribuiu para uma inflação de 7,8%, muito acima do limite de 4,5% imposto pelo Governo brasileiro, de crises políticas agudas que caminham lado-a-lado com problemas orçamentais.

De 2004 a 2010, o país com cerca de 204 milhões de habitantes registou uma taxa de crescimento na ordem dos 4,5% anuais, segundo os dados do World Bank. Deu-se na altura o chamado “boom das commodities”, durante o qual cresceram as exportações de matérias-primas, sobretudo ferro, petróleo e açúcar. A China, que nesse período também cresceu a um ritmo acelerado, foi o principal destino das exportações brasileiras.

SANTOS, BRAZIL:  Workers at the Santos Port, 90kms (55 miles) southeast of Sao Paulo, unload sugar sacks for export 13 September. The privatization of the docks at Santos Port, the largest in Latin America, will begin 17 September at the Sao Paulo Stock Exchange with the auction of the Containers Terminal (TECON). The bid for TECON reportedly will start at 92 million USD. It is expected that by the end of 1997 all the docks at the port will be privatized. Official figures say that in 1996 some 36 million tons of material passed through the port, representing 35 percent of Brazil's import-export business.   AFP PHOTO/Marie HIPPENMEYER (Photo credit should read MARIE HIPPENMEYER/AFP/Getty Images)

Trabalhadores descarregam sacos de açúcar para exportação no Porto de Santos, localizado a 90 quilómetros de São Paulo (MARIE HIPPENMEYER/AFP/Getty Images)

De 2011 a 2014, contudo, o ritmo abrandou e o Brasil cresceu apenas cerca de 1,6% por ano. Segundo a previsão do Fundo Monetário Internacional (FMI) no primeiro relatório World Economic Outlook deste ano divulgado a 14 de abril, em Washington, a economia brasileira irá ter um crescimento negativo de 1,5% em 2015. Se for este o caso, o Brasil enfrentará a pior recessão desde 1990, altura em que a economia encolheu 4,3%.

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As previsões do FMI apontam, contudo, para uma ligeira recuperação em 2016 com um crescimento de 1%.

O que levou a economia do Brasil a cair?

Marcel Grillo Balassiano, economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, afirmou ao Observador que “o Brasil vive um momento muito complicado para a sua economia”. “O crescimento brasileiro nos últimos anos foi influenciado pelo cenário externo, nomeadamente o crescimento da China e o ‘boom das commodities’, e sustentado principalmente pelo consumo, calcado sobre a expansão do crédito“, explicou. Cerca de 50% do produto interno bruto (PIB) brasileiro é constituído por consumo privado, segundo escreve a The Economist.

O economista afirma que existe “um conjunto de fatores”, que caracterizaram uma “nova matriz económica” no Brasil, e que terá levado o país “a enfrentar esta recessão”. São três os principais grupos de fatores destacados por Marcel Grillo Balassiano, que visam explicar a queda da economia brasileira.

1. Queda do investimento, corrupção e Petrobras

“Um dos motivos para o crescimento ser baixo é o investimento fraco“, explica Marcel Grillo Balassiano. “A taxa de investimento em 2014 no Brasil foi de 19,7% do PIB”, sendo que “alguns países vizinhos, que têm apresentado uma situação económica melhor do que o Brasil, também tiveram taxas de investimento superiores, como Chile (21,5%), Colômbia (24,5%) e Peru (28,2%), por exemplo”. Se, no Brasil, o investimento apresentou uma tendência positiva até 2013, em 2015 tem tido uma queda acentuada. A “confiança, tanto de empresários como de consumidores, encontra-se em baixo”, refere o economista do Instituto Brasileiro de Economia.

Para além da confiança, um outro fator que explica a queda do investimento no Brasil é o escândalo de corrupção que envolve a empresa petrolífera Petrobras. A paralisação dos gastos de investimento da empresa semi-pública, que é a maior investidora do país, pode custar até 1% do PIB brasileiro, segundo a The Economist. O rating da dívida empresa foi cortado a 24 de fevereiro pela agência Moody’s para o nível de “lixo” (“junk“).

One year ago investigations about corruption in Petrobras started

A sede da empresa brasileira Petrobras no Rio de Janeiro. A petrolífera encontra-se envolvida num escândalo de corrupção massivo que envolve várias figuras públicas (ANTONIO LACERDA/EPA)

O chamado “‘Custo Brasil’, que é um conjunto de dificuldades estruturais, burocráticas e económicas” é um outro fator que compromete o investimento, explica o economista da Fundação Getúlio Vargas ao Observador. “Problemas como a alta carga tributária, dificuldades para se abrir um negócio, custos elevados de trabalho, burocracia excessiva, entre outros, dificultam o investimento e prejudicam a economia”, afirma.

É necessário aumentar o investimento”, afirmou Marcel Grillo Balassiano. “Para isso, é preciso combater, para além dos problemas conjunturais (como a falta de confiança dos empresários, aumento das taxas de juros, que enfraquecem os investimentos), os problemas estruturais como o ‘Custo Brasil’. Corrigir as ‘contabilidades criativas’ que eram feitas no passado também é importante para dar uma credibilidade maior à política orçamental, que impacta positivamente o crescimento”.

Mas como se aumenta o investimento? Para o economista, “melhorar o ambiente de negócios e a relação com os investidores faz com que as taxas de investimento aumentem”. Isto irá posteriormente fazer “aumentar o PIB”.

Segundo sugerem os analistas do banco de investimento Morgan Stanley no relatório Spring Global Macro Outlook de abril deste ano, a economia no Brasil deverá recuperar em 2016 devido ao aumento da confiança, que impulsionará o investimento: “Acreditamos que a combinação de taxas de juro de longo prazo mais baixas, uma moeda mais fraca em termos reais e um fraco crescimento dos salários deva aumentar a confiança e consequentemente, o investimento.”

2. Inflação acima do limite de 4,5% imposto

Em 2015, o Brasil registou uma inflação de 7,8%, de acordo com os dados do FMI. Este é um valor considerado preocupante já que ultrapassa a meta limite de 4,5% definida pelo Governo brasileiro. A inflação, que se reflete num aumento generalizado dos preços, tem sido causada pela erosão do valor da moeda brasileira, o real. Este fenómeno, poderá contribuir para a erosão do poder de compra dos trabalhadores brasileiros já que os salários não estão a acompanhar a subida dos preços.

De acordo com os dados divulgados na sexta-feira passada, 22 de maio, pelo ministro do Planeamento, Orçamento e Gestão do Brasil, Nelson Barbosa, este ano o real deverá desvalorizar cerca de 21% face ao dólar. No final de 2014, um dólar valia cerca de 2,66 reais. No final de 2015, espera-se que o valor aumente para 3,22 reais, afirmou o ministro segundo o Financial Times. 

Brazilian Planning Minister Nelson Barbosa depicted in a lift after a meeting with Brazilian President Dilma Rousseff at Planalto Palace in Brasilia on January 28, 2015. AFP PHOTO / Wenderson Araujo        (Photo credit should read WENDERSON ARAUJO/AFP/Getty Images)

Nelson Barbosa, o ministro do Planeamento, Orçamento e Gestão do Brasil (WENDERSON ARAUJO/AFP/Getty Images)

Depois da lira turca, o real brasileiro foi a moeda com a pior performance dos mercados emergentes mais significativos, escreve o jornal inglês, baseando-se num índice elaborado pelo banco de investimento J.P. Morgan.

Défice externo pressiona o real

A inflação tem tido origem no défice na balança de transações correntes, que tem afetado a economia brasileira de forma persistente. Este défice, 6,7% do PIB em 2014, segundo os dados da agência Bloomberg, torna o financiamento da dívida externa vulnerável ao atual declínio do real.

Por outro lado, a inflação encontra-se elevada, “entre outros motivos, por causa do mercado de trabalho ‘apertado’ sendo que a taxa de desemprego deve continuar baixa. Porém, o mercado de trabalho tem apresentado sinais de piora nos últimos meses”, afirma Marcel Grillo Balassiano.

3. Problemas orçamentais e crise política

O elevado nível de endividamento no Brasil agrava a situação económica do país. Nos últimos 10 anos, o crédito total ao setor privado passou de 25% do PIB para 55%, de acordo com o The Economist. O consumo das famílias brasileiras é em grande parte sustentado pela disponibilidade de crédito. De acordo com “O Relatório de Inflação” do Banco Central do Brasil (BCB) publicado em março, o saldo total de crédito às pessoas singulares aumentou 13,2% em relação a janeiro de 2014. 

O Governo liderado por Dilma Rousseff está a apostar numa estratégia de austeridade para travar o aumento da dívida pública do país e recuperar a confiança dos investidores. Na passada sexta-feira, o ministro Nelson Barbosa revelou os cortes orçamentais que iriam ser concretizados para ir ao encontro das metas de austeridade definidas pelo Governo.

BRASILIA, BRAZIL - OCTOBER 26:  Brazilian President and Workers' Party (PT) candidate Dilma Rousseff (C) celebrates with Brazil's former president Luiz Inacio Lula Da Silva (R) after being re-elected on October 26, 2014 in Brasilia, Brazil.  Rousseff defated Presidential candidate of the Brazilian Social Democratic Party (PSDB) Aecio Neves in a run-off election.  (Photo by Mario Tama/Getty Images)

Dilma Rousseff, presidente do Brasil e líder do Partido dos Trabalhadores (PT) (Mario Tama/Getty Images)

Os cortes nas despesas públicas de 2015 ascenderão a 22,6 mil milhões de dólares e serão acompanhados por um aumento de impostos sobre os lucros dos bancos, das corretoras e empresas que concedem cartões de crédito. O imposto, atualmente cobrado sobre 15% dos lucros, subirá para 20%, de acordo com a agência Bloomberg.

O ministro do Planeamento estimou, também, que a economia brasileira iria contrair-se em cerca de 1,2% este ano (medida em reais), em comparação ao ano passado. Se for este o caso, esta terá a pior performance em 25 anosescreve o Wall Street Journal. O ministro das Finanças, Joaquim Levy, considerou que os cortes orçamentais deveriam ser mais severos.

O anúncio das medidas de austeridade fez com que os mercados reagissem imediatamente: no dia da divulgação, as cotações dos principais bancos brasileiros caíram na bolsa de São Paulo em 1,3%. No final da semana passada, a queda chegou aos 5%, registando a pior performance desde dezembro.

Sao Paulo, BRAZIL: Brazilian stock traders negociate at the iBovespa index pit during the morning session, at the Mercantile & Futures Exchange (BM&F), in Sao Paulo, Brazil, 03 May 2007. Brazil's Central Bank has been buying dollars in the spot market since last July in an effort to slow its increase facing the real's rally as some of the highest real interest rates in the world attract foreign investors, and a growing trade surplus boost dollar flows to the biggest economy in Latin America. AFP PHOTO/Mauricio LIMA (Photo credit should read MAURICIO LIMA/AFP/Getty Images)

“Traders” negoceiam na Bolsa de São Paulo (MAURICIO LIMA/AFP/Getty Images)

Existe agora um “maior intervencionismo do Estado na economia, uma grande utilização dos bancos públicos para aumentar o crédito, e o reprocessamento de preços (como de energia elétrica, gasolina, tarifas públicas de transportes, entre outras)”, explica o economista da Getúlio Vargas.

De acordo com a agência Bloomberg, estas medidas contribuem para um agravamento da situação económica do país, nomeadamente para a subida da taxa de inflação. Por outro lado, o Brasil não tem muito espaço para adoptar estímulos económicos financiados por dívida pública, explica a The Economist. Tanto as medidas de austeridade como as políticas mais “expansionistas” deixam a economia brasileira num impasse em termos de política orçamental.

O impacto da crise política

“Além dos problemas económicos, o Brasil também enfrenta outras crises, como a política“, explica Marcel Grillo Balassiano ao Observador. “Verificam-se ‘contabilidades criativas‘ na área orçamental que começaram no segundo mandato do Presidente Lula e intensificaram-se durante o primeiro mandato da Presidente Dilma”.

SAO PAULO, BRAZIL - MARCH 15: Anti-government protesters march along Avenida Paulista on March 15, 2015 in Sao Paulo, Brazil. Protests across the country were held today against President Dilma Rousseff's government with many protesters calling for her impeachment. A massive corruption scandal at Brazil's state-owned oil company Petrobras has rocked the government and Dilma's approval ratings are now around 23 percent. (Photo by Victor Moriyama/Getty Images)

Manifestação a 15 de março de 2015 que junta milhares de protestantes nas ruas de São Paulo. Em todo o Brasil, vários manifestantes organizaram protestos contra o Governo de Dilma Rousseff (Victor Moriyama/Getty Images)

Em março, as ruas de 160 cidades brasileiras inundaram-se de protestos contra o Governo de Dilma Rousseff. Após ter sido reeleita “numa eleição bastante apertada”, Dilma é alvo de acusações e de várias “manifestações populares que chegaram inclusivamente a pedir a demissão da Presidente”, acrescentou o economista. Aécio Neves, que lidera o o maior partido da oposição – o Partido Social Democrata Brasileiro (PSDB) – comunicou na semana passada, a 21 de maio, que planeia apresentar uma queixa-crime contra Dilma, em conjunto com outros líderes da oposição. A Presidente é acusada de estar envolvida  em “manobras” de contabilidade criativa.

Qual a receita para ultrapassar a recessão?

Segundo sugerem os analistas do banco de investimento Morgan Stanley no relatório Spring Global Macro Outlook de abril deste ano, a austeridade no Brasil é necessária para que a economia possa voltar a crescer, corroborando assim as políticas de Joaquim Levy. O ministro das Finanças não espera que a economia recupere antes de 2016, escreve a Bloomberg.

De acordo com os analistas, “após quatro anos de políticas aparentemente desajustadas, é tempo de reequilibrar a economia afastando-a do consumo e reorientando-a para o investimento. Para alcançar este objetivo, acreditamos que não existe outra opção para além de enfrentar uma recessão a fim de reduzir a taxa de inflação”.

A opinião do economista da Fundação Getúlio Vargas vai no mesmo sentido: “Neste ano de 2015, os ajustes na economia brasileira deverão ajudar a piorar os indicadores no curto prazo para apresentarem um resultado melhor nos anos seguintes”. Isto irá “originar uma recessão e uma inflação superior aos 8%”, afirma.

A man arrives at the Brazilian Central Bank building in Brasilia, on May 29, 2012. Brazil's Monetary Policy Committee (COPOM) will decide today the new target interest rate, which traders expect will probably be reduced 0.5% from the current 9%.  AFP PHOTO/PEDRO LADEIRA        (Photo credit should read PEDRO LADEIRA/AFP/GettyImages)

O Banco Central do Brasil, em São Paulo (PEDRO LADEIRA/AFP/GettyImages)

Mais ou menos moeda?

Se a política orçamental promove o crescimento através de alterações nos impostos e nos gastos públicos, a política monetária tem impacto sobre a oferta de moeda. A existência de mais ou menos moeda em circulação na economia é um outro mecanismo para estimular o crescimento económico. Quais são as alternativas do Banco Central do Brasil?

A primeira é a de manter as taxas de juro elevadas para não desvalorizar o real e não causar um maior aumento de preços, que agravaria a inflação. “Depois do segundo turno das eleições presidenciais no ano passado, o Banco Central do Brasil tem vindo a subir a taxa nominal de juros (Selic). Num primeiro momento, a autoridade monetária aumentou os juros de 11% para 11,3%. Depois subiu para 11,8%, 12,3%, 12,8%.”, afirmou o economista do Instituto Brasileiro de Economia. Neste momento, a taxa nominal encontra-se nos 13,3%.

A segunda alternativa passa por cortar as taxas de juro para desvalorizar a moeda e tentar impulsionar o consumo. Tal iria fazer com que as dívidas e as importações (pagas em moeda estrangeira) ficassem mais caras, o que pode ser mais negativo do que benéfico para a economia do Brasil.

Brazil's Central Bank President Alexandre Tombini speaks during a press conference in Brasilia on January 6, 2011. The Brazilian government on Thursday has announced a series of measures to stop the devaluation of the US dollar. AFP PHOTO/Evaristo SA (Photo credit should read EVARISTO SA/AFP/Getty Images)

Alexandre Tombini, o governador do Banco Central do Brasil (EVARISTO SA/AFP/Getty Images)

Se Alexandre Tombini, o governador do BCB, optar pela primeira opção, poderá prejudicar o consumo. Taxas de juro elevadas significam crédito mais caro o que pode levar a menos consumo. Contudo, historicamente, esta é a medida que tem sido preferida pelo BCB.

O banco central tem de fazer estes aumentos de juro já que a inflação se encontra num patamar bastante alto. Estes ajustes pelos quais o Brasil vai passar este ano (e talvez no próximo também) são para apresentar resultados melhores nos anos posteriores”, explica o economista.

No contexto desta opção, a Morgan Stanley afirma no referido relatório que se irá passar um fenómeno “curioso” na economia brasileira: Acreditamos que a maior surpresa para o crescimento poderá vir do consumo, já que este é o primeiro ano em que existe um aumento sustentável da taxa de desemprego, desde 2005.”

Se estas previsões se confirmarem e o consumo crescer, a manutenção de taxas de juro elevadas pode não prejudicar a economia brasileira. E isto sem recorrer a uma dolorosa desvalorização do real

* Texto editado por João Cândido da Silva

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