Quase 21 toneladas de cera foram queimadas no tocheiro do Santuário de Fátima em menos de 24 horas, entre domingo à noite e segunda-feira à tarde, dia em que começou a peregrinação internacional aniversária, revelou fonte da instituição à Lusa. “Das 22h00 do dia 11 até às 18h00 do dia 12, foram queimadas 20,8 toneladas de cera”, disse a mesma fonte. No mesmo dia de 2013, foram derretidas no recinto cerca de 18 toneladas de cera – velas e, também, artigos que reproduzem parte e órgãos do corpo humano. O número foi semelhante ao verificado em 2012, quando foram queimadas 19 toneladas. Durante todo o dia de segunda-feira, as filas de pessoas junto ao tocheiro, ao lado da Capelinha das Aparições, foram frequentes. O administrador do Santuário de Fátima, padre Cristiano Saraiva, referiu que esta “é uma tradição já de longa data que continua a estar enraizada na religiosidade popular”. Para o sacerdote, o entendimento do santuário é de que a vela “é uma identificação com Cristo, luz do mundo, e, ao mesmo tempo, é a colocação junto de Nossa Senhora – e é esse o sentido dos peregrinos – que simboliza a sua presença”. “Ao mesmo tempo, invocam a proteção de Nossa Senhora para a sua dimensão cristã, para as dificuldades da sua vida”, adiantou o administrador do santuário. Segundo Cristiano Saraiva, “há pessoas que não podem vir e pedem a outras que, em sua vez, possam acender uma vela a Nossa Senhora”, acrescentando: “No fundo, as pessoas reveem-se na sua presença naquela vela, naquela chama que apresentam diante de Nossa Senhora”.

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