A carga fiscal aumentou 8,1% em Portugal, durante 2013, e correspondeu a 34,9% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo um relatório publicado pelo Instituto Nacional de Estatísticas nesta quinta-feira. Em 2012, este valor correspondia a 32,4% do PIB.

De acordo com o relatório, este aumento deveu-se em larga medida ao crescimento dos impostos directos, que subiram 25,7%), enquanto os impostos indirectos estagnaram e as contribuições sociais aumentaram em 2,3%.

Os impostos e as contribuições sociais renderam ao Estado 57, 814 mil milhões de euros em receita, sendo este o valor mais elevado registado desde 1995. Trata-se de mais 4.450 milhões de euros em relação ao ano anterior. Ao nível dos impostos directos, registou-se um aumento de 34,3% no IRS e de 21,6% no IRC.

Os impostos indirectos apresentaram uma variação nula em 2013, devido à descida de 4,3% no ano anterior. O IVA, que representa 60% deste tipo de impostos, registou uma variação negativa de 2%. O Imposto Municipal sobre imóveis (IMI) aumentou 8,6%.

O INE dá conta de que o ligeiro aumento das contribuições sociais “terá sido influenciado em grande medida pelo aumento da remuneração média”, o que está relacionado com a reposição dos subsídios de férias e de Natal dos funcionários públicos e dos pensionistas. Em comparação com os países da União Europeia a 28, Portugal continua a apresentar uma carga fiscal inferior à média, que está em 39,7%.

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