A Mesa Nacional do Bloco de Esquerda marcou no domingo a próxima Convenção do partido para 22 e 23 de novembro, em Lisboa, numa reunião em que analisou os resultados das europeias sem abordar a questão da liderança.

“A continuação dos líderes do partido, a minha própria, a da Catarina Martins, nem sequer foi discutida nesta reunião da Mesa Nacional”, referiu o coordenador do Bloco de Esquerda João Semedo aos jornalistas, em conferência de imprensa, num hotel de Lisboa. “O problema da liderança do Bloco não foi sequer colocado por nenhum membro da Mesa Nacional”, acrescentou.

Quanto ao que acontecerá na Convenção Nacional de 22 e 23 de novembro, João Semedo disse: “Todas as convenções, para além de discutirem os estatutos e o programa, a nossa orientação, discutem também sempre a liderança do Bloco de Esquerda. Na próxima Convenção não será diferente – seja por essa rotina estatutária, seja porque é absolutamente natural que os militantes do Bloco de Esquerda queiram discutir a sua liderança, isso é absolutamente natural”.

Segundo avança esta segunda-feira o jornal i, a Mesa Nacional do partido rejeitou, com 33 votos contra e 23 a favor, uma proposta de Ana Drago para que o Bloco inicie um processo de diálogo “com outros movimentos e forças políticas à esquerda, designadamente com o Manifesto 3D, o Livre e o PAN”. Marisa Matias e José Guilherme Gusmão votaram a favor. Segundo o i, João Semedo e Francisco Louçã votaram contra e criticaram a proposta, considerando que ela se traduz numa aproximação ao PS.

No encontro de domingo foram também recusadas duas propostas (uma delas de Ana Drago) para a antecipação do Congresso Nacional.

 

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