Dezassete conserveiras nacionais de peixe apresentam a partir desta segunda-feira 350 produtos em Lisboa, destacando-se a sardinha em lata que, segundo os promotores, pode ser consumida todo o ano e também nas festas populares da capital. A primeira Semana da Marca decorre até 8 de junho e pretende promover as conservas portuguesas de peixe que “são exportadas para mais de 70 países”, referiu à agência Lusa Sara Costa, responsável pela Loja das Conservas, local onde decorre a iniciativa.

A sardinha portuguesa, produto privilegiado das conserveiras nacionais e elemento iconográfico das festas populares, estará disponível em lata, com diferentes degustações. “O peixe português é marca de qualidade em todo o mundo. A sardinha portuguesa, em qualquer país, é considerada a melhor do mundo”, disse Sara Costa.

A Loja das Conservas, que nasceu por iniciativa da Associação Nacional dos Industriais de Conservas de Peixe, reúne no mesmo espaço todos os empresários de conservas de peixe nacional. “Estamos a falar de empresas concorrentes entre si, que percebem a importância de estarem unidas em torno das conservas portuguesas”, afirmou.

As conservas de peixe, associadas ao longo do tempo a “comida dos pobres”, são “um produto saudável, de qualidade, acessível, que pode ser uma refeição sofisticada, e que pode deixar de ser a refeição de recurso a que estamos habituados”, disse a responsável pela empresa de conservas “A Poveira”, Sofia Brandão. “A crise, que levou a um aumento do custo da alimentação em geral, mas dos produtos frescos em particular, fez com que o consumo interno de conservas banais como a sardinha em óleo aumentasse exponencialmente”, disse a empresária.

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Com 160 anos de história, a indústria conserveira de peixe é “a terceira maior exportadora entre os produtos agrícolas e alimentares”, referiu. “A tendência de crescimento tem sido constante e as vendas internacionais ultrapassaram em 2013 os 206 milhões de euros, uma subida de 15,6% face ao ano anterior”, informou Sofia Brandão.

Durante a sessão de degustação que marcou o arranque da iniciativa, o crítico de gastronomia José Silva afirmou que a qualidade das conservas portuguesas se justifica com a qualidade do peixe. “Se nós temos o melhor peixe do mundo, porque não havemos de ter as melhores conservas do mundo”, reforçou. “Há outras formas de comer sardinha, para além da sardinha assada. Não tem que ser este consumo sazonal a que estamos habituados”, sublinhou o crítico.

A “I Semana da Marca” vai oferecer um conjunto de iniciativas gratuitas que inclui “degustações e harmonizações, e eventos, como ‘show cookings’, ‘workshops’ para crianças e uma tertúlia sobre vida saudável”, disse a responsável pela Loja das Conservas.