O filme “As crianças do sacerdote”, de Vinko Bresan (Croácia/Sérvia), foi o vencedor do Golfinho de Ouro da 30ª edição do Festróia, que este ano também homenageou o cinema alemão e o produtor português Paulo Branco. O filme vencedor do festival conta a história de um sacerdote que decidiu furar os preservativos que um jovem temente a Deus vendia, a medo, num pequeno quiosque, a que mais tarde se junta o farmacêutico local, que decidiu trocar as pílulas anticoncecionais por vitaminas, o que resulta num aumento significativo de gravidezes indesejadas.
Na Secção Oficial do Festróia, dedicada à cinematografia de países com uma produção anual até 30 filmes, o prémio especial do júri, Golfinho de Prata, foi atribuído ao filme “Faro”, de Fredrik Edfeldt (Suécia/Finlândia). Por sua vez, o realizador Hans Petter Moland conquistou o Golfinho de Prata para o melhor realizador, pelo filme “Em ordem de desaparecimento”, da Noruega.
Destaque ainda para os Golfinhos de Prata atribuídos nas categorias de melhor ator, para Vytautas Kaniusonis, no filme “O jogador”, melhor atriz, para Birgitte Hjort Sorensen, em “Alguém que amas”, melhor argumento, para Ignas Jonynas e Kristupas, pelo filme “O jogador” e melhor fotografia, para Thomas Kiennast, pelo filme “O vale negro”.
Além da homenagem ao cinema alemão, com a exibição de dezenas de filmes, a 30ª edição do Festróia distinguiu também o produtor português Paulo Branco, que já fez mais de 270 filmes, alguns de realizadores estrangeiros, mas também de portugueses, como Manoel de Oliveira, João Botelho, João Canijo e João César Monteiro, entre outros.