O custo da mão-de-obra aumentou 1,5% em Portugal no primeiro trimestre de 2014, face ao período homólogo, acima das subidas registadas quer na zona euro (0,9%), quer no conjunto da União Europeia (1,2%), revelou o Eurostat. Os salários também subiram 0,9% no primeiro trimestre do ano face ao mesmo trimestre de 2013.
Os dois principais componentes dos custos de trabalho são os salários e outras despesas, como obrigações sociais a cargo do empregador, sendo que em Portugal os salários subiram 0,9% no primeiro trimestre do ano face ao mesmo trimestre do ano anterior, tendo a principal subida sido a de “outras despesas” (3,6%).
O Eurostat reviu também em alta os dados para Portugal relativos ao trimestre anterior, apontando agora que o custo da mão-de-obra nos últimos três meses de 2013 subiu 0,5% face ao período homólogo (e não uma descida de 0,4%, como indicado nos dados divulgados em março passado), tendo agora registado um crescimento mais pronunciado.
O índice de custo da mão-de-obra é um indicador conjuntural da evolução dos custos horários suportados pelos empregadores e é calculado dividindo o custo da mão-de-obra pelo número de horas trabalhadas.
De acordo com os dados divulgados esta terça-feira pelo gabinete oficial de estatísticas da UE, o preço por hora da mão-de-obra cresceu na Europa nos primeiros três meses de 2014 a um nível inferior àquele verificado no último trimestre de 2013, quando subira 1,6% na zona euro e 1,4% na UE a 28.
Segundo o Eurostat, a Letónia (7%), a Estónia (6,8%), a Roménia (5,3%) e Polónia (4,2%) registaram as maiores subidas nos custos do trabalho. Já Chipre (-6,9%), a Croácia (-1,7%), a Irlanda (-0,2%) e a Itália (-0,1%) apresentaram as maiores descidas.
Por setor de atividade, no primeiro trimestre de 2014 em comparação com o mesmo trimestre de 2013, os custos de trabalho por hora na área do euro (18 países) aumentaram 0,7% na indústria, 1,9% na construção e 1,3% nos serviços. Já na Europa a 28, os custos do trabalho por hora cresceram 1,1% na indústria, 1,9% na construção civil e 1,6% nos serviços.