O ministro da Economia, António Pires de Lima, admitiu esta sexta-feira que a carga fiscal em Portugal atingiu níveis “excessivos” e sublinhou a “declaração de vontade” do Governo de iniciar em 2015 um processo de redução de impostos.

“O que desejaria é que pudessemos iniciar um processo de redução da carga fiscal, que atinge particularmente os que vivem do seu trabalho, já a partir de 2015”, referiu.

No entanto, enfatizou que, neste momento, o Governo só pode fazer uma “declaração de vontade”, lembrando que é preciso aguardar pelas “clarificações que estão em cima da mesa”.

Falando em Braga, na cerimónia de tomada de posse dos novos órgãos sociais da Associação Industrial do Minho, o governante manifestou-se contra qualquer aumento de impostos, sublinhando que essa é “a última coisa que a economia pede”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“Qualquer aumento de impostos para além do que já temos é verdadeiramente indesejável para a nossa economia. A carga fiscal já atinge níveis que são excessivos e que só podem ser compreendidos como esforços transitórios e temporários”, acrescentou.

Pires de Lima disse ainda que, apesar das “incertezas constitucionais”, está confiante na retoma da economia, apontando como fatores de esperança o crescimento do consumo privado, o aumento das exportações e os “sinais” da subida do investimento privado.

Sublinhou a necessidade de um cada vez mais intenso combate às barreiras burocráticas que Portugal ainda coloca à criação de riqueza e que “infernizam a vida” das empresas.

Aludiu mesmo a “administrações públicas que às vezes criam dificuldades para depois aparecerem a vender facilidades”.

“Continua a haver muita burocracia desnecessária, que precisa de ser combatida”, rematou.