A agência meteorológica japonesa lançou esta segunda-feira um alerta máximo de aviso perante a chegada ao extremo sul do país, na terça-feira, do tufão Neoguri, cujos ventos devem chegar aos 260 quilómetros por hora.

Este tipo de alerta é acionado em caso de risco de perdas humanas e de estragos em massa. O Neoguri vai dirigir-se hoje às ilhas do extremo sul do país, nomeadamente Miyako, e deve chegar na terça-feira de manhã à ilha de Okinawa.

Face às previsões de ventos muito violentos e chuvas torrenciais, a agência meteorológica japonesa recomenda aos habitantes de Okinawa que fiquem em suas casas e que evitem deslocações não indispensáveis.

Um responsável da agência advertiu que o tufão Neoguri, expressão que em coreano significa guaxinim, pode atingir uma violência quase inédita. “Estejam prontos para a evacuação”, advertiu o responsável.

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O tufão pode produzir chuvas muito fortes (80 mm/hora) numa área vasta do sul do arquipélago japonês, começando em Okinawa.

Por precaução, a base militar americana de Kadena, a mais importante da força aérea em Okinawa, começou a retirar os aviões no domingo.

“É o tufão mais violento anunciado na ilha em 15 anos. Nós estamos à espera que ele chegue cá terça-feira de manhã”, justificou um comandante americano, James Hecker, citado num comunicado.

A região de Okinawa está sujeita a tufões, mas geralmente não tão violentos nem durante todo o ano.

A agência meteorológica não exclui que o tufão, que se desloca atualmente a 25 km/h em direção ao nordeste, chegue igualmente a uma ou mais das quatro principais ilhas do arquipélago, ainda que com menos força, depois de efetuar uma viragem rumo ao este.

O tufão já começou a causar precipitação num largo perímetro na ilha de Kyushu, no sul do país, onde são temidos deslizamentos de terras.

Ainda assim, o tufão pode transformar-se em depressão antes de chegar à ilha central de Honshu, onde se situam as grandes cidades de Osaka (oeste), Nagoya (centro) e a capital Tóquio (este).

“Peço às autoridades municipais que não hesitem em lançar ordens de evacuação e de não ter medo de ter excesso de prudência”, disse numa reunião do Governo Keiji Furuya, ministro encarregado da gestão de desastres e catástrofes no país.