Os reis de Espanha almoçam bacalhau com batatas cozidas na sua primeira refeição oficial em Portugal depois da tomada de posse de Felipe VI. Em Queluz, participam no banquete oficial mais de 100 figuras, entre elas os Duques de Bragança, Duarte Pio e Isabel de Herédia, o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, o vice-primeiro Paulo Portas e fadista Carminho.

Após um curto passeio nos jardins do palácio de Queluz onde decorria uma demonstração dos cavalos da Escola Portuguesa de Arte Equestre, Felipe VI e Cavaco abriram o almoço com discursos onde mais uma vez retomaram o tema das relações entre os dois países e a amizade que une as duas nações. Cavaco Silva disse mesmo que esta visita é a “confirmação da firmeza e profundidade” do entendimento entre os dois países, reiterando o “carinho e simpatia” que Portugal dedica à família real espanhola,

“Profundidade” foi também a palavra escolhida por Felipe, que optou por dizer algumas das frases do seu discurso em português, para descrever a razão da sua vinda a Portugal antes de ir a qualquer outro país da União Europeia – a primeira visita foi ao Vaticano e as próximas serão a Marrocos, França e Bélgica. Mais do que relações institucionais, o novo monarca indica que o que une Portugal e Espanha são os “princípios e valores” dos dois países.

“Uma relação natural, humana –  e também política -, cheia de cumplicidade, compreensão e respeito que desejo continuar a cultivar durante o meu reinado para fortalecer ainda mais estes laços sólidos de afeto e proximidade”, decreveu o rei Felipe VI.

Felipe não esqueceu a “dura crise” que afeta Portugal e Espanha e elogiou os dois povos pela “coragem, esforço e sacrifício que mostraram neste período”. Para superar esta crise, o rei diz que falta ainda “superar o desafio do desemprego”, mas não tem dúvida que tanto em Portugal, como no seu país, este “obstáculo” será ultrapassado.

Na sala, estão ainda presentes figuras como o provedor da Santa Casa da Misericórdia e ex-primeiro-ministro, Santana Lopes, o fundador do PSD e antigo primeiro-ministro, Francisco Pinto Balsemão, os presidentes da Câmara da Lisboa e Sintra, António Costa e Basílio Horta, os banqueiros Nuno Amado e José de Matos, o ex-ministro das Finanças Teixeira dos Santos.

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