Portugal registou no ano passado a taxa de natalidade mais baixa da União Europeia, de 7,9 crianças por mil habitantes, inferior à de mortalidade (10,2), contrariando o aumento da população na Europa, revelam dados hoje publicados pelo Eurostat.

As primeiras estimativas demográficas do gabinete oficial de estatísticas da UE indicam que Portugal “perdeu” 60 mil habitantes, entre 01 de janeiro de 2013 e 01 de janeiro do corrente ano, descendo de 10,48 milhões de pessoas para 10,42 milhões, uma quebra justificada não só pela diferença entre nascimentos e mortes (-2,3), como também pelo saldo migratório (-3,5).

Segundo os dados do Eurostat, nasceram em Portugal no ano passado 82,8 mil pessoas, morreram 106,5 mil, juntando-se a este crescimento negativo de -23,8 mil pessoas um saldo migratório negativo de -36,2 mil habitantes, razão pela qual o país perdeu 60 mil habitantes no último ano.

Já no plano geral, a população da União Europeia cresceu de 505,7 milhões de pessoas a 01 de janeiro de 2013 para 507,4 milhões a 01 de janeiro de 2014, resultado de um crescimento natural da população de 80 mil pessoas (a taxa de natalidade foi praticamente idêntica à de mortalidade, de 10,0 contra 9,9) e de um saldo migratório de 700 mil, sendo o restante aumento devido a ajustamentos estatísticos.

Em 2013, nasceram 5,1 milhões de bebés no conjunto dos 28 Estados-membros da União Europeia, tendo a taxa bruta de natalidade sido de 10,0 nascimentos por mil habitantes (menos que a taxa de 10,4% verificada em 2012), sendo que Portugal registou a mais baixa (7,9%), seguida de Alemanha, Grécia e Itália (todos com 8,5%), enquanto as mais altas foram registadas em Irlanda (15,0%), França (12,3%) e Reino Unido (12,2%).

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