A Amnistia Internacional (AI) enviou, na sexta-feira, uma carta ao Governo argentino para expressar a sua “preocupação” pela “delicada situação dos direitos humanos” na Rússia, em antecipação à visita a Buenos Aires do Presidente russo, Vladimir Putin.
Na carta, a AI condena as “leis para reprimir a dissidência e a liberdade de expressão e de reunião”, aprovadas por Putin desde 2011 e que levaram à detenção de milhares de manifestantes.
A organização indica também que a “legislação discriminatória promulgada durante o último ano fomentou a homofobia e impulsionou a violência em todo o país”.
Na carta, a AI insta o Governo de Cristina Fernández a manifestar preocupação pelos alegados abusos que o estado russo comete contra a comunidade homossexual.
A organização denuncia ainda que a resposta das forças de segurança russas perante os atentados perpetrados no país se caracteriza por “violações graves dos direitos humanos como desaparecimento forçados, torturas, e alegadas execuções extrajudiciais”.
A visita à Argentina está integrada numa viagem de seis dias à América Latina, iniciada na sexta-feira. Putin desloca-se também ao Brasil onde vai participar na próxima cimeira do grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
Na sexta-feira, o Presidente russo visitou Cuba, uma viagem teve lugar uma semana depois de o Parlamento russo ter ratificado um acordo bilateral pelo qual Moscovo perdoa 90% da dívida que a ilha caribenha contraiu com a antiga União Soviética.