O presidente da junta de freguesia do Parque das Nações admitiu esta terça feira, na Assembleia Municipal de Lisboa, fechar a frente ribeirinha por degradação do pavimento, por entender que este põe em causa a segurança dos peões.
“Se continuar assim, vamos ter de encerrar os passadiços por razões de segurança”, afirmou hoje à agência Lusa José Moreno, referindo-se a partes da freguesia como o Cais do Olival, o Parque do Trancão, a Alameda dos Oceanos e a zona do Oceanário, integrantes da frente ribeirinha do Parque das Nações, que tem cerca de cinco quilómetros.
O autarca do Parque das Nações Por Nós (PNPN) trouxe o tema à reunião da Assembleia Municipal de hoje, no tempo de perguntas à Câmara de Lisboa, durante o qual questionou aquele organismo sobre quando serão feitas intervenções no local.
Reagindo a esta situação, o vereador das Obras da Câmara de Lisboa, Jorge Máximo, assinalou que a intervenção nestes espaços verdes que ficaram sob a alçada da autarquia no processo de transferência de competências está dependente de uma “questão orçamental”, por se tratar de uma “empreitada grande”, na ordem dos 307 mil euros.
Ainda assim, indicou que as obras vão avançar em breve.
Em declarações à Lusa, o presidente da junta explicou que a degradação se deve, na maior parte dos casos, ao tráfego automóvel, que originou “um piso num estado como nunca se viu”.
José Moreno adiantou que a junta “vai aguardar mais uns dias”, por forma a permitir que os trabalhos, levados a cabo pela câmara, avancem.
Referindo-se aos restantes espaços verdes do Parque das Nações, o autarca considerou que alguns estão num estado de abandono, também devido à falta de manutenção por parte da câmara.
O vereador da Estrutura Verde, José Sá Fernandes, afirmou ainda na assembleia que a equipa da autarquia “está a tratar deste assunto”.
Na reunião foram ainda debatidas as seis propostas assinadas pelo vereador José Sá Fernandes e que dizem respeito à abertura de concurso para que empresas externas assegurem a manutenção das seis diferentes zonas do parque florestal de Monsanto.
As propostas foram aprovadas por maioria, com votos contra do PSD, CDS-PP, MPT, BE, PEV e PCP.
Em reação às críticas dos deputados municipais destes partidos, que reprovaram o facto de a câmara recorrer mais uma vez a serviços externos para assegurar a manutenção deste parque, o vereador salientou o interesse da Câmara de Lisboa na Escola de Jardinagem, de forma a colmatar a longo prazo a falta de profissionais desta área.
“Estamos a investir na escola”, adiantou o vereador, referindo-se a um montante de 500 mil euros.
Segundo o autarca, os trabalhadores são uma “aposta” do município, porém o recurso a empresas externas é uma forma de responder à atual falta de funcionários no setor.