O vice-presidente da Associação Nacional de Diretores, Filinto Lima, mostrou-se esta segunda-feira “otimista” na forma como vai decorrer a Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidades (PACC), imposta pelo Ministério da Educação aos docentes contratados e agendada para terça-feira.

“Comparando com o dia de 18 de dezembro, na primeira fase desta prova, estou mais otimista [em que decorra sem problemas]. São poucos professores por escola que vão fazer a prova, há mais condições, neste momento, para que as coisas corram dentro da normalidade o que não aconteceu em dezembro”, disse em declarações à agência Lusa.

O Ministério da Educação e Ciência (MEC) anunciou na quinta-feira que se realizará na terça-feira uma segunda chamada da prova que levou os professores a marcar greve em época de exames e avaliações, no ano letivo 2012-2013.

Para o vice-presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), os cerca de quatro mil professores contratados que vão realizar a prova, em 80 escolas, só precisarão de seis vigilantes por escola, número “bastante inferior” ao de dezembro.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Filinto Lima adiantou que a associação “operacionalizou no terreno” o número de professores vigilantes necessário para que a prova dos contratados “decorra com normalidade”.

“Esta situação é excecional, até o sindicato tomou medidas excecionais de reunir nas escolas no mês de julho, e por isso nós também tomámos medidas para que a prova decorra com normalidade”, garantiu o responsável.

O vice-presidente da ANDAEP adiantou ainda desconhecer casos de professores que estejam de férias e estejam a ser chamados para vigiar provas.

O movimento de professores ‘Boicote&Cerco’ está a organizar reuniões de docentes em vários espaços comerciais ou frente a escolas, em 15 cidades, para preparar os protestos de terça-feira.

“As movimentações nas redes sociais estão ao rubro. Prevê-se uma adesão muito grande”, disse à Lusa o professor Francisco Rodrigues, do movimento ‘Boicote&Cerco’.

As reuniões de docentes decorreram em Viana do Castelo, Braga, Porto, Vila Real, Viseu, Coimbra, Barreiro, Évora, Guarda, Faro e Guimarães no domingo e em Almada, Lisboa e Beja realizam-se hoje ao final da tarde.

O movimento admitiu na sexta-feira voltar a invadir escolas para impedir a realização da nova chamada da prova de avaliação de docentes e apelou aos professores vigilantes para boicotarem o exame.