O governador do estado de Kaduna, norte da Nigéria, impôs hoje um recolher obrigatório imediato de 24 horas na capital provincial após um duplo atentado ocorrido ao início da tarde e que vitimou pelo menos 42 pessoas.

“O governo do estado colocou a metrópole de Kaduna em recolher obrigatório após o duplo atentado à bomba na cidade”, declarou Ahmed Maiyaki, um porta-voz do governador Mukhtar Ramalan Yero, precisando que “a medida tem por objetivo impedir distúrbios da ordem pública”.

Duas explosões com o intervalo de alguns minutos abalaram esta quarta feira a cidade de Kaduna, em atentados atribuídos ao grupo radical islâmico Boko Haram.

Enquanto no primeiro atentado, o alvo era o xeque Dahiru Bauchi, um dignitário muçulmano da cidade e muito crítico face ao grupo islamita Boko Haram, no segundo os responsáveis tentaram liquidar o ex-Presidente nigeriano Mohammed Buhari, um dos líderes da oposição e que governou a Nigéria como ditador militar nos anos 1980.

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Os dois alvos dos atentados escaparam ilesos.

O norte da Nigéria tem sido palco nos últimos meses de frequentes ataques, na generalidade atribuídos ao grupo islamita, que segundo o governo nigeriano é responsável pela morte de 12.000 pessoas desde 2009.

O Boko Haram, quem nas línguas locais significa “a educação islâmica não é pecado”, pretende impor um Estado islâmico na Nigéria, um país de maioria muçulmana no norte e predominantemente cristão no sul.