A detenção de Ricardo Salgado, ex-presidente executivo do Banco Espírito Santo, pelo seu possível envolvimento na Operação Monte Branco ocupa um lugar de destaque em diversos meios de comunicação de social internacionais.
O Wall Street Journal (WSJ) refere que foi detido o ex-chefe executivo do BES, um banco “em apuros”, e que será ouvido por “envolvimento numa investigação relacionada com branqueamento de dinheiro e fuga ao fisco”. O BES tem estado “no centro de uma tempestade” desde maio, altura em que se realizou uma auditoria à Espírito Santo International e se descobriu que a holding do Grupo Espírito Santo estava numa “situação financeira crítica”.
O Business Insider escreve que o “patriarca” do BES, também considerado “em apuros”, foi detido e que tentaram entrar em contato com os representantes da família Espírito Santo mas sem sucesso. A BBC refere que Ricardo Salgado tem sido “testemunha de maneira voluntária” no processo que investiga a maior rede de branqueamento de capitais alguma vez detetada em Portugal e que as ações do BES têm caído recentemente.
Ricardo Salgado, que “até à semana passada era o presidente executivo de um banco em problemas”, foi detido e será ouvido em tribunal, escreve o Financial Times (FT). À semelhança do Business Insider, o FT tentou entrar em contato com os representantes da família Espírito Santo mas também não conseguiu obter nenhum comentário. A detenção, explica o jornal, acontece dias depois de a Espírito Santo International, a holding de todo o GES, se “ter candidatado ao regime de gestão controlada no Luxemburgo”, uma decisão justificada pelo facto de a empresa não se encontrar em “condições de cumprir as suas obrigações”.
O diário online espanhol El Confidencial escreve que Ricardo Salgado é detido “em plena crise do Grupo Espírito Santo”. A detenção do ex-presidente executivo do BES também é mencionada no norte-americano Washington Post, que descreve Ricardo Salgado como um “membro proeminente da rica e influente família Espírito Santo, e no britânico The Guardian, que escreve que o “patriarca do atormentado banco português Espírito Santo” foi detido e que “esta detenção vem agravar os problemas que a família está a enfrentar, enquanto luta para manter o seu império”.