O motim na prisão de Cascavel, cidade brasileira do Estado do Paraná, terminou na madrugada desta terça-feira, com cinco mortos, dois deles decapitados, divulgaram autoridades locais. A rebelião, que começou às 6h30 de domingo (10h30 em Lisboa), foi encerrada pelos reclusos após 44 horas. Dois guardas foram feitos de reféns e pelo menos 25 presos ficaram feridos na penitenciária, que fica no sul do Brasil.

Os 800 reclusos amotinados, entre os 1.040 da penitenciária, reivindicavam melhores condições de alimentação e higiene e se queixavam do estado das infraestruturas prisionais e de supostos abusos e atos violentos por parte dos guardas. Vários colchões foram queimados, e, segundo a imprensa brasileira, foram exibidos cartazes com a sigla PCC, referindo-se ao Primeiro Comando da Capital, organização criminosa que atua dentro e fora das prisões, nascida em São Paulo.

O motim foi encerrado após o governo do Paraná aceitar transferir 851 reclusos para outras prisões. A Defensoria Pública do Paraná, citada pela Folha de São Paulo, informou que há presos desaparecidos, mas que ainda não se sabe se fugiram ou se morreram durante a rebelião.

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