O presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, explicou neste sábado que o cargo de presidente do Eurogrupo não fez parte do pacote de designações para os altos cargos da UE, já que essa não é uma competência do Conselho.

Lembrando que, de qualquer forma, o atual presidente do fórum de ministros das Finanças da zona euro, o holandês Jeroen Dijsselbloem ainda tem quase um ano de mandato pela frente – até meados de 2015 -, Van Rompuy sublinhou que, quando chegar a altura, a escolha do presidente do Eurogrupo não cabe ao Conselho, mas sim ao próprio Eurogrupo, razão pela qual o assunto nem foi discutido entre os líderes europeus.

Da parte do Conselho, ficaram assim fechadas hoje as designações ao mais alto nível para o novo ciclo político que se inicia na União Europeia, com o polaco Donald Tusk, escolhido para suceder a Van Rompuy na presidência do Conselho, e a italiana Federica Mogherini, sucessora da britânica Catherine Ashton como Alta Representante para os Negócios Estrangeiros, a juntarem-se ao luxemburguês Jean-Claude Juncker, escolhido pelo Conselho (e entretanto já eleito pelo “novo” Parlamento Europeu), que sucede a Durão Barroso como presidente da Comissão.

Por outro lado, a escolha de Mogherini, que desempenhará também as funções de vice-presidente da futura Comissão Europeia, permite a Juncker finalmente formar o seu colégio de comissários e distribuir pastas, de modo a que todos os comissários se sujeitem às audições e votos no Parlamento Europeu, devendo por isso em breve Portugal conhecer qual a pasta que o seu comissário designado, Carlos Moedas, irá desempenhar no futuro executivo comunitário.

Portugal está representado na cimeira de hoje em Bruxelas pelo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, que falará à imprensa no final dos trabalhos, entretanto reatados, com a crise ucraniana a dominar a agenda.

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