O jornalista francês Nicolas Henin, ex-refém do Estado Islâmico na Síria disse, neste sábado, que Mehdi Nemmouche, o francês suspeito do tiroteio no museu judaico na Bélgica, estava entre os seus captores, avança o The Wall Street Journal. O tiroteio ocorreu em maio e fez quatro vítimas mortais.

Nicolas Henin foi raptado juntamente com James Foley e Steven Sotloff, os dois jornalistas norte-americanos assassinados pelos jihadistas do ISIS. O jornalista francês explicou que Mehdi Nemmouche batia repetidamente nos reféns dentro do hospital que os militantes tinham convertido numa prisão.

“Encontrei-o várias vezes durante os meus seis meses de cativeiro na Síria”, contou Henin aos jornalistas, no sábado, acrescentando que o nome de guerra de Nemmouche na Síria era “Abu Omar”. Libertado em abril, o jornalista francês disse que reconheceu Nemmouche, depois de a polícia lhe ter mostrado imagens do suspeito.

O advogado de Mehdi Nemmouche, Apolin Pepiezep, não quis comentar as acusações do jornalista francês e questionou-o se estaria em posição de reconhecer Nemmouche como um dos seus captores, visto que não tinha tido nenhum contacto com os seu clientes desde que este foi preso na primavera.

Se as alegações de Nicolas Henin estiverem corretas, Mehdi Nemmouche é um dos primeiros militantes do Estado Islâmico responsável por um ataque em território ocidental. Os Estados Unidos da América e os seus aliados  têm agora outra preocupação: que os ocidentais que se juntaram aos grupos de jihadistas na Síria e no Iraque voltem às suas terras para organizarem ataques terroristas.

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