Obama não deverá enviar tropas para o terreno para combater o Estado Islâmico, mas é esperado que esta noite anuncie que os ataques aéreos se vão intensificar e que vai haver mais apoio às tropas iraquianas. Terá sido esta informação que passou na noite de terça-feira aos quatro principais líderes do Congresso, assim como uma mensagem de autoridade, esclarecendo que como Presidente vai agir sem o voto deste órgão. A seu favor, tem cada vez mais a opinião pública norte-americana que apoia uma intervenção para parar os terroristas.

“Não é do nosso interesse que sejam os EUA a carregar o fardo da responsabilidade de dar segurança ao Iraque”, esclareceu Josh Earnest, secretário de imprensa do Presidente, durante uma conferência de imprensa, mas aos congressistas com quem se reuniu, Barack Obama afirmou que tem “autoridade” para agir contra o Estado Islâmico, não precisando do seu aval.

Também Michèle Flournoy, uma antiga sub-secretária de Defesa, que jantou com Obama e outros conselheiros de política externa próximos do Presidente na segunda-feira, disse que a Casa Branca está pronta para ir “onde quer quer os alvos estratégicos do Estado Islâmico estejam”. E isto pode significar entrar na Síria. Earnest disse que ao terem um refúgio seguro na Síria, os terroristas criam “uma situação muito perigosa” para toda a região.

Esta poderá ser a grande surpresa desta noite, quando às 21h00 (hora da Costa Leste dos EUA, madrugada em Portugal) se dirigir aos norte-americanos e explicar o seu plano para combater o Estado Islâmico. A composição de uma força de intervenção internacional pode também estar em cima da mesa, depois de na semana passada, Obama ter estado com vários líderes europeus na cimeira da NATO no país de Gales.

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