Foram detidos dez suspeitos que estarão envolvidos no ataque a Malala Yousafzaï, em 2012, informou o exército do Paquistão esta sexta-feira, avança a France-Press. O porta-voz do exército, o General Asim Saleem Bajwa, afirmou que os detidos agiram em nome de Mullah Fazlullah, o líder dos talibans paquistaneses.
Esta história remonta à tarde de 9 de outubro de 2012, quando a jovem paquistanesa seguia no autocarro para a escola com outras colegas, em Swat. Malala já havia sido ameaçada de morte pelo grupo radical, e nessa tarde viu as ameaças ganharem forma: os homens invadiram o autocarro, chamaram o seu nome e balearam a ativista na cabeça.
#BREAKING Militants who attacked Pakistan schoolgirl Malala arrested: army
— AFP News Agency (@AFP) September 12, 2014
Malala foi então enviada para um hospital em Birmingham, em Inglaterra, onde acabaria por recuperar. A adolescente é uma voz ativa pelo direito das meninas à educação, algo que é negado por aqueles que querem impor uma versão radical da lei islâmica (sharia).
O ano passado, com apenas 16 anos, venceu o Prémio Sakharov. Martin Schulz, o então presidente do Parlamento Europeu, saudou a “força incrível” de Malala, que “defendeu com muita coragem o direito de todos os jovens à educação”. Pouco depois a jovem seria ainda nomeada para o Prémio Nobel da Paz,
“Penso que ainda preciso de trabalhar muito. Na minha opinião, ainda não fiz assim tanto para ganhar o Prémio Nobel da Paz”, disse na altura, em declarações à rádio paquistanesa City89 FM, citada pela AFP. O Nobel acabaria por ser entregue à Organização para a Proibição das Armas Químicas.
https://www.youtube.com/watch?v=gCg2FyTiBoI
“Um aluno, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo”, é este o lema de Malala. Recorde aqui o dia em que a adolescente deixou John Stewart de boca aberta.