A companhia aérea de baixo custo Ryanair vai lançar seis novas rotas a partir do aeroporto de Lisboa, no próximo verão, reforçando assim a oferta para 16 destinos. Brémen, Eindhoven, Hamburgo, Milão, Roma e Varsóvia são os novos destinos da companhia irlandesa, que inaugurou em abril a base em Lisboa, a terceira em Portugal.

A partir do próximo verão, a Ryanair vai também reforçar ligações para Londres (de duas para três diárias), Manchester (de quatro para cinco semanais), Pisa (de duas para três por semana) e Porto (de cinco por semana para duas diárias).

Em conferência de imprensa, o presidente executivo da Ryanair, Michael O’Leary, manifestou confiança no crescimento da base instalada no aeroporto da Portela, considerando que “Portugal é um mercado muito importante para a Ryanair e Lisboa tem um enorme potencial turístico”. “É evidente que Lisboa tem potencial para aumentar o tráfego e o turismo. Tem capacidade para substituir Barcelona como um dos mercados com maior movimento de turistas na Europa”, declarou.

Para o presidente da companhia de baixo custo “Lisboa é a capital por descobrir no turismo europeu, ideal para casais e famílias, porque tem um tempo magnífico, ótima gastronomia e muita história”. “Mais e mais pessoas de toda a Europa virão passar o fim de semana e as férias em Lisboa”, declarou.

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A Ryanair chegou a Portugal em 2003 e tem atualmente três bases (Porto, Lisboa e Faro), com 13 aviões e opera mais de 80 rotas. A meta é chegar aos seis milhões de passageiros em 2015. Em relação à ligação aérea entre Lisboa e Faro, suspensa desde o final de abril, Michael O’Leary afirmou que não vai ser operada de novo pela companhia, devido à reduzida procura que esta ligação aérea teve.

Michael O’Leary disse que a companhia irlandesa vai duplicar o número de passageiros transportados, de seis para 12 milhões de euros, em apenas três anos, através do reforço da oferta nas três bases em Portugal.

A Ryanair vai atingir os 12 milhões de passageiros em três anos, ultrapassar a TAP e ser líder em Portugal, afirmou o presidente executivo da companhia aérea de baixo custo. Em declarações à Lusa, Michael O’Leary explicou que a companhia irlandesa vai duplicar o número de passageiros transportados, de seis para 12 milhões de euros, em apenas três anos, através do reforço da oferta nas três bases em Portugal.

“É possível ultrapassar a TAP e ser a primeira companhia em Portugal”, declarou, no dia em que anunciou o lançamento de seis novas rotas a partir de Lisboa no próximo verão. Michael O’Leary adiantou que, se a TAP for privatizada, vai ficar “mais pequena”, numa primeira fase, e só depois começará a crescer.

Em relação ao aumento das taxas aeroportuárias – com novo aumento anunciado para 1 de dezembro -, o responsável da Ryanair considerou “um problema para todas as companhias aéreas”. “Já falámos com a Vinci para que não continuem a aumentar as taxas ou que introduzam descontos para as companhias que aumentam o tráfego, à semelhança do que fazem outros aeroportos europeus, para incentivar o crescimento do turismo e a criação de emprego”, acrescentou.

O gestor da Ryanair adiantou que “só os regimes comunistas, mantêm este modelo”. Em agosto, a ANA anunciou o aumento das taxas reguladas cobradas às companhias aéreas em 7,56% no aeroporto de Lisboa e em 1,50% no aeroporto do Porto, a partir de 01 de dezembro, resultado de um aumento do tráfego acima do previsto.

Ryanair quer começar a voar para os Açores e para a Madeira, mas Michael O’Leary reconheceu que, em relação ao aeroporto do Funchal, será necessário fornecer “treino especial” aos pilotos que prestarem serviço nesta rota.

Os planos da companhia incluem, também, começar a voar para os Açores e para a Madeira e a companhia está a negociar o lançamento dessas rotas, confirmou o presidente executivo. Michael O’Leary manifestou interesse em lançar rotas para o arquipélago dos Açores, explicando que “o Governo tem que resolver a liberalização e encorajar as companhias aéreas”.

Já em relação à Madeira, o responsável explicou que está a negociar o lançamento de ligações, mas antes a companhia tem que “ultrapassar complicações” uma vez que os pilotos têm que ter “treino especial” para descolar e aterrar no aeroporto do Funchal. “Precisamos de pilotos com treino especial, porque é um aeroporto muito complicado”, adiantou.

Em julho, o presidente do Governo dos Açores anunciou um acordo com o executivo nacional que prevê a liberalização das ligações aéreas entre o continente e duas ilhas do arquipélago e a diminuição para metade das tarifas para residentes.

Segundo revelou Vasco Cordeiro, numa conferência de imprensa, as novas Obrigações de Serviço Público (OSP) nas ligações aéreas entre os Açores e o resto do país (continente e Madeira), negociadas com o Ministério da Economia, preveem a liberalização das rotas entre Lisboa e o Porto e as ilhas de S. Miguel e a Terceira. “Com esta liberalização, estas rotas encontram-se totalmente abertas à entrada de qualquer companhia aérea, incluindo as chamadas ‘low cost'”, sublinhou. Atualmente, só a SATA e a TAP voam para os Açores.