Quando passam as hospedeiras com os carrinhos da refeição ouvem-se muitos “não”, alguns “sim” a custo e são raros os casos em que se ouve “Humm… Comida de avião, como eu gosto disto”. Aparentemente a única razão para a má fama da comida que se serve ‘nas alturas’ não é culpa apenas da comida, é culpa das alturas. A nove quilómetros de altitude, há uma dessensibilização das papilas gustativas.

Mas, pelos vistos, há quem seja fã da terceira opção: “humm… Comida de avião, como eu gosto disto”. E mesmo muito fã. Há pelo menos gente suficiente para haver empresas que distribuem comida de avião também em terra como é o caso da Arlanda e a Germany’s Air Food. Com uma assinatura da empresa alemã, é possível que lhe entreguem comida de avião uma vez por semana, na sua casa. Este serviço já tem uma parceria com a LSG Sky Chefs – que fornece comida para a Lufthansa – de maneira a preparar uma refeição diferente todas as semanas.

Os membros podem fazer a encomenda no site e escolher entre duas opções, clássico ou vegetariano. Tal e qual como num avião mas, com espaço para as pernas e papilas gustativas ativas. As refeições são entregues todas as quartas-feiras e podem ser congeladas. O objetivo é que o público que costuma encomendar o jantar passe a usufruir desta opção que custa menos de 10 euros, segundo informa o site Springwise.

Em Portugal, é difícil imaginar alguém a preferir uma refeição servida, por exemplo, pela TAP a uma caseira. Mas há empresas que já começam a dar os primeiros passos em terra. Embora não se possa comparar a uma refeição de tabuleiro aquecida num avião cheio, uma empresa de catering gourmet para a aviação particular abriu um restaurante no centro de Lisboa. As refeições confecionadas para o Grei e para a aviação são diferentes mas o espaço permite uma sinergia no uso das cozinhas e dos contactos.

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