Um soldado libanês sequestrado na sequência de combates com “jihadistas” sírios foi executado pelos seus raptores, anunciou hoje o governo de Beirute, acrescentando que o assassínio foi reivindicado pela Frente Al-Nusra. “O soldado Hammiyé Mohammad foi morto por grupos terroristas que ameaçaram matar outros soldados”, disse o ministro da Defesa Samir Mokbel à saída de uma reunião.

A Al-Nusra, um ramo sírio da Al-Qaida, anunciou na rede social Twitter que o grupo matou o soldado, “primeira vítima da teimosia do exército libanês.” Esta é a primeira reivindicação do género feito pela Al-Nusra desde que, a 02 de agosto, raptou trinta soldados e polícias em Aarsal, uma cidade no leste do Líbano, perto da fronteira com a Síria.

No final de agosto e no início de setembro, dois soldados libaneses, um sunita e um xiita, foram decapitados pela organização extremista do Estado Islâmico (EI), que mantém alguns reféns. Hammiyé era xiita. Na mesma mensagem, a Al-Nusra acusou o exército de se ter tornado “um fantoche nas mãos do partido iraniano”, aludindo ao Hezbollah xiita, o ódio de estimação dos “jihadistas” e dos rebeldes sírios, devido ao seu apoio militar ao regime de Damasco. Os raptores reclamam a retirada dos combatentes do Hezbollah da Síria, mas também uma troca dos reféns por prisioneiros islâmicos detidos no Líbano.

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