O conselho de administração da Espírito Santo Saúde publicou dois documentos em que, entre os candidatos à compra do grupo, mostra preferência pelos mexicanos da Ángeles.

De acordo com o Jornal de Negócios, o conselho presidido por Diogo de Lucena entende que a contrapartida do grupo Ángeles “de 4,50 euros continua a afigurar-se como aceitável”.

Já em relação à promessa de 4,40 euros por ação da José de Mello Saúde, a proprietária do Hospital da Luz começa por dizer que o preço tem de ser revisto para superar em 2% a oferta dos mexicanos (ou os 4,72 euros da Fidelidade, caso a OPA seja registada), e que o valor “não reflete a partilha de quaisquer potenciais sinergias decorrentes” do sucesso da operação”.

Outra das preocupações apontadas caso a OPA do grupo Mello seja a escolhida é que haja despedimentos, apesar da garantia dada por Salvador de Mello de que tal não iria acontecer. Sobre a Ángeles, a administração sublinha que não está prevista a “realocação de trabalhadores”.

“Os níveis de crescimento do grupo resultante da combinação de negócios poderão não ser suficientes, no curto prazo, para fazer face às referidas duplicações, o que poderá, na opinião do conselho de administração, conduzir a reduções de postos de trabalho”. Mais: uma vez que os Mello já têm hospitais em Portugal, ao contrário dos mexicanos, a ES Saúde teme medidas impostas pela Autoridade da Concorrência, que podem incluir a venda de hospitais.

Depois de três Ofertas Públicas de Aquisição (OPA), uma proposta de negócio fora de bolsa chegou na quarta-feira. A UnitedHealth, dona da Amil, a empresa que comprou os hospitais HPP à Caixa Geral de Depósitos, fez uma oferta não vinculativa pela participação que a RioForte tem na ES Saúde.

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