O Governo não fala sobre as suspeitas que recaem sobre o primeiro-ministro e remete todos os esclarecimentos para a Procuradoria-Geral da República (PGR). Passos Coelho responderá na sexta-feira no debate quinzenal aos deputados.

Para já, o Governo refugia-se nas declarações formais e os ministros não comentam as suspeitas que recaem sobre o primeiro-ministro. No final da reunião do Conselho de Ministros, o ministro da Presidência, Luís Marques Guedes, disse que o “senhor primeiro-ministro teve ocasião de se pronunciar sobre o assunto e dar nota que tinha solicitado à Procuradoria-Geral da República para que esta possa proporcionar um cabal esclarecimento da situação”, disse.

Nas respostas que deu aos jornalistas, disse ainda que não contactou a presidente da Assembleia da República, por causa das contradições entre os diferentes esclarecimentos prestados pelo secretário-geral da Assembleia da República. “Não, não tive nenhum contacto com a sra presidente da Assembleia da República. Não é assunto que tenha a ver com o Conselho de Ministros ou Governo”.

Se formalmente o Governo não dá para já esclarecimentos, no PSD remete-se esclarecimentos para o debate quinzenal de sexta-feira. No fórum da TSF, a vice-presidente do partido, Teresa Leal Coelho, garantiu que Passos “não se furtará” a dar todas as explicações no debate quinzenal esta sexta-feira.

Também o PS pediu esta quinta-feira esclarecimentos, mas da parte do próprio Passos. O presidente do grupo parlamentar do PS desafiou o primeiro-ministro a prestar com “rigor, verdade e celeridade” os esclarecimentos sobre o percurso enquanto deputado do PSD.

O BE já afirmou que, se restarem dúvidas, avança com um pedido de comissão de inquérito à atuação de Pedro Passos Coelho. O PS, mais prudente, não quis comprometer-se já.

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