Depois de terem começado a circular notícias sobre alegadas pressões internas para desafiar António Costa, Álvaro Beleza excluiu esta terça-feira qualquer hipótese de candidatura à liderança do partido nas próximas eleições diretas. “Não contem comigo para dividir o PS”, disse à agência Lusa.

“Que fique muito claro de uma vez por todas, o meu candidato a primeiro-ministro é o António Costa. Não contem comigo para dividir o PS. A liderança do partido ficou resolvida domingo e, como já disse, tudo farei para unir”, afirmou o dirigente do PS, numa declaração à agência Lusa.

A posição de Álvaro Beleza, membro do secretariado de António José Seguro, que se demitiu após a derrota nas eleições primárias de domingo, foi assumida no dia em que o jornal Público noticiou que está a ser pressionado internamente a assumir uma candidatura a secretário-geral.

Segundo o Público, Beleza tem sido pressionado por dirigentes distritais, concelhios e deputados a candidatar-se à liderança e, questionado pelo jornal, escusou-se a comentar a informação. Mas na declaração que fez esta terça-feira à Lusa, o dirigente deixou claro que a prioridade é unir o partido: “Os socialistas querem focar energias na construção de uma alternativa ao Governo e ganhar as próximas eleições com maioria”, disse.

As eleições diretas e o congresso extraordinário do PS vão ser marcados na próxima reunião da Comissão Nacional, a 14 de outubro. As diretas, que põe todos os militantes a eleger o secretário-geral do partido, deverão assim ocorrer no final de novembro, sendo que o congresso se realizará 15 dias depois, em medos de dezembro. Se não houver listas concorrentes, será só nessa altura que António Costa se torna oficialmente líder do PS.

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