O candidato à liderança do PS Daniel Adrião desafiou esta sexta-feira os seus adversários na corrida a secretário-geral do partido para debates, esperando que José Luís Carneiro e Pedro Nuno Santos respondam a esse repto “com todo o entusiasmo”.

O desafio foi lançado por Daniel Adrião, dirigente da linha minoritária de oposição ao ainda secretário-geral socialista, António Costa, em cartas enviadas aos outros dois candidatos a que a agência Lusa teve acesso.

Nos últimos dias, José Luís Carneiro tem manifestado disponibilidade para debates, no âmbito da campanha interna para as eleições diretas de 15 e 16 de dezembro, mas Pedro Nuno Santos tem recusado, alegando que, face à proximidade das legislativas antecipadas de 10 de março, isso seria “dar argumentos à direita”.

“Venho manifestar a minha total disponibilidade para participar em debates que reúnam os três candidatos a secretário-geral e que sejam promovidos, quer por iniciativa do partido e das suas estruturas, quer por iniciativa dos órgãos de comunicação social”, refere a carta.

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Daniel Adrião manifesta-se convicto que existe a mesma disponibilidade por parte de José Luís Carneiro e de Pedro Nuno Santos para “debates em pé de igualdade”, alegando que é isso que mandam as “regras e as boas práticas democráticas, socialistas e republicanas”.

José Luís Carneiro incita candidatos à liderança do PS ao debate

As cartas começam por saudar cada um dos candidatos pela disputa à sucessão de António Costa e faz votos que as eleições internas “decorram num clima de debate intenso, profícuo e elevado, com lisura de processos e escrupuloso respeito pelas regras democráticas, princípios tão caros à história” do PS.

“Estamos perante um momento alto da vida interna do Partido Socialista, sob observação atenta do país, em circunstâncias que não desejávamos e que nos colocam uma responsabilidade e exigência acrescidas”, refere ainda Daniel Adrião.

Isso faz com que seja “fundamental que possamos oferecer aos militantes do nosso partido, mas também aos portugueses, a quem em última instância se dirige a nossa ação política, o maior esclarecimento sobre as nossas ideias, propostas e soluções para o Partido Socialista e para Portugal”, alega o candidato.

As eleições para a sucessão de António Costa no cargo de secretário-geral vão realizar-se a 15 e 16 de dezembro e o congresso para no período entre 5 e 7 de dezembro.