Perto de 450 juízes participam no congresso que hoje se inicia em Tróia subordinado ao tema “Estatuto e Diálogo com a Sociedade”, mas antevê-se que o novo mapa judiciário e as falhas na plataforma informática Citius dominem as atenções gerais.

O início do congresso, organizado pela Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP), coincide com a ida a Conselho de Ministros de um diploma do Ministério da Justiça que define o regime transitório de suspensão de prazos processuais para atos iniciados ou findos a 1 de setembro, para acautelar os constrangimentos causados pelas anomalias no sistema informático Citius que serve os tribunais.

Em vésperas do Congresso, o presidente da ASJP disse à agência Lusa que considera “preocupante” e “gravíssima” a situação nos tribunais resultante dos problemas ocorridos no Citius, vincando que é preciso “enfrentar” com “transparência” aquele “problema grave” que afetou o arranque da nova organização judiciária, a 1 de setembro.

“Julgo que não vale a pena omitir um problema grave. Temos que o enfrentar e, a partir daí, arranjar soluções para que ele seja resolvido”, sublinhou o conselheiro Mouraz Lopes.

O Estatuto dos Magistrados Judiciais e o papel do Tribunal Constitucional na defesa do Estado de Direito são outros temas do X congresso dos juízes, que termina sábado e em cuja sessão de abertura estará presente o presidente do Supremo Tribunal de Justiça, a ministra da Justiça e a Procuradora-geral da República.

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