Dois feridos graves e um ligeiro. É este o balanço de uma explosão que ocorreu esta sexta-feira num posto de transformação elétrica no escritório da Nokia Solution and Networks, em Alfragide — empresa que não pertence à Siemens. O incidente ocorreu às 8h27, enquanto as três pessoas faziam trabalhos de manutenção, revelou João Miranda, do Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Lisboa, ao Observador.
No local estiveram os Bombeiros Voluntários da Amadora, acompanhados por duas viaturas médicas do INEM, um piquete da EDP e ainda pela PSP. Mário Conde, comandante dos bombeiros, revelou, por volta das 10h, que uma das vítimas, um homem de 40 anos, ficou com entre “50 a 60% do corpo queimado”.
Outro homem, de 30 anos, também ficou com queimaduras no corpo, embora ligeiras. “Talvez possa ter ter uma considerada grave nas respiratórias”, suspeitou o comandante, em declarações à SIC Notícias, ao falar do indivíduo que já tinha sido encaminhado para o Hospital Santa Maria, em Lisboa. Ambos os feridos graves, prosseguiu, “foram estabilizados” no local, “dentro das ambulâncias”, e Mário Conde não tinha “qualquer informação” que algum deles corresse perigo de vida.
Quando ao terceiro ferido, o comandante revelou que “ainda” estava “a ser estabilizado”. Mário Conde “ainda não tinha indicação” que algum dos feridos “corresse risco de vida”.
Na quinta-feira, recorde-se, um operário tinha já sido eletrocutado em Alfragide, na fábrica da Nokia Siemens, após “fazer uma perfuração num pavimento” e com isso “ter atingido um cabo de alta tensão”, que provocou uma explosão. O homem ficou em estado grave e foi tratado no Hospital Santa Cruz, em Carnaxide.
A reparação que esta sexta-feira estava a ser realizada, aliás, destinava-se a consertar os danos causados pelo incidente ocorrido no dia anterior. “Os incidentes acontecem, com ou sem descuido. Mas, de facto, não sabemos se tomaram, ou não, todas as precauções”, revelou Mário Conde, garantindo, por último, que “a situação está controlada”.
