O presidente executivo da Galp apelou hoje ao Governo para que não aumente as assimetrias fiscais dos combustíveis entre Portugal e Espanha, frisando que há portugueses que pagam impostos naquele país e circulam nas autoestradas nacionais. “Pedimos ao Governo português que olhe para a estrutura de impostos em Espanha e procure tanto quando possível replicá-la em Portugal, para evitar aquilo a que se chama no nosso setor, o turismo de combustíveis”, disse à agência Lusa Manuel Ferreira de Oliveira, à margem do Fórum Empresarial que decorre em Vilamoura, no Algarve.

Na opinião de Ferreira de Oliveira, para que se evitem as assimetrias fiscais entre os dois países, “é necessário uma redução efetiva”, seja ela do Imposto Sobre os Produtos Petrolíferos e Energéticos (ISP) ou do IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado). Segundo o presidente executivo da Galp Energia, como bens transacionáveis que são, o cliente compra os combustíveis onde lhe são mais competitivos, “e os portugueses têm mais vantagens em ir a Espanha comprar”.

“Comprando em Espanha, os portugueses pagam o IVA e, no caso dos combustíveis pagam o ISP, e tudo o que se faça para desviar consumos para aquele país, é gravoso para a economia portuguesa”, sublinhou Ferreira de Oliveira. A terceira edição do Fórum Empresarial do Algarve, reúne cerca 300 pessoas, entre políticos e empresários, decorrendo até domingo numa unidade hoteleira de Vilamoura sob o tema “Os caminhos do crescimento para Portugal”.

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