A Agência Internacional de Energia (AIE) reviu esta segunda-feira em baixa ligeira a estimativa para a procura global de petróleo para este ano, devido à fraca expectativa de crescimento económico, foi anunciado.

Em relação à estimativa da procura global de petróleo para 2015, a organização reviu em alta com os olhos postos numa melhoria macroeconómica.

A organização diminuiu em 200.000 barris diários a previsão da procura global para este ano para 92,4 milhões de barris por dia, que se traduzirá num acréscimo anual de 700.000 barris diários, menos 250.000 barris que a previsão anterior.

Entre as explicações para este decréscimo, a AIE destaca os cálculos do Fundo Monetário Internacional (FMI), que este mês reviu em baixa as estimativas de crescimento para 2014 e 2015, pela terceira vez no espaço de um ano, para 3,3% e 3,8%, menos uma e duas décimas, respetivamente, que nas previsões precedentes.

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Em 2015, a AIE refere no relatório que a procura global de petróleo deverá registar um aumento de 1,1 milhões de barris diários para 93,5 milhões de barris por dia.

Ao contrário, o fornecimento global cifrou-se em setembro em 910.000 barris diários elevando o total do ano para 93,8 milhões de barris diários, que comparando com o ano passado traduz um aumento de 2,8 milhões de barris devido principalmente a um aumento da produção nos países pertencentes à Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP).

Entre os membros da OPEP, os aumentos de produção de petróleo foram liderados pela Líbia e pelo Iraque, apesar da crescente instabilidade regional.

A agência adianta que o inventário da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) aumentou 37,7 milhões de barris diários desde agosto para 2.698, tendo reduzido assim o défice da média dos últimos cinco anos para 38,1 milhões de barris por dia, o nível mais baixo desde setembro de 2013.

Por outro lado, os preços do petróleo caíram, pelo terceiro mês consecutivo, em setembro e “afundaram-se” em outubro para níveis abaixo dos 90 dólares por barril (cerca de 71 euros), empurrados por um fornecimento “abundante”, pela valorização do dólar e por uma procura “titubeante”.