Representantes de 12 países vão reunir-se na segunda-feira em Havana, Cuba, para participar numa cimeira extraordinária da Aliança Bolivariana para os Povos da América (Alba), centrada na adoção de medidas para prevenir e impedir a expansão do vírus Ébola. A realização da cimeira partiu de uma proposta do Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que a 09 de outubro pediu à ALBA “uma reunião muito rápida, integral, de urgência dos ministros da saúde” para “passar revista aos protocolos e estabelecer uma cooperação integral próxima” para combater o vírus.

Entretanto, através do canal estatal Venezoelana de Televisión de Televisão, Nicolás Maduro confirmou que viajará para Havana para participar na iniciativa. “Será uma cimeira sobre um só tema: como preparar os nossos países para prevenir e enfrentar a ameaça do Ébola, um grande tema de saúde, porque é uma grande ameaça e temos de nos preparar”, disse.

Segundo diversas fontes, na cimeira vão participar vários governantes e representantes dos doze países que fazem parte da Alba (Antigua & Barbados, Bolívia, Cuba, Dominica, Equador, Nicarágua, Santa Lucia, San Vicent & Granadinas, Venezuela, Suriname, Guiana e Haiti). Deverá também participar, segundo a agência de notícias cubana Prensa Latina, o coordenador da Organização das Nações Unidas para a Luta contra o Ébola, David Nabarro. Está já em Havana a diretora geral da Organização Panamericana da Saúde, Carissa Etienne.

Segundo o último balanço da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Ébola causou mais de 4.500 mortos em cerca de nove mil casos registados na Libéria, Serra Leoa e Guiné-Conacri, os mais afetados, mas também na Nigéria, Senegal, Espanha e Estados Unidos. O Ébola, que se transmite por contacto direto com o sangue, líquidos ou tecidos de pessoas ou animais infetados, é um vírus que foi identificado pela primeira vez em 1976. Não existe vacina nem tratamentos específicos e a taxa de mortalidade é elevada. O período de incubação da doença pode durar até três semanas. Vários países estão a impor restrições à circulação de pessoas oriundas dos países mais atingidos pela epidemia e a introduzir postos de controlo sanitário nos aeroportos para vigiar a febre, um dos primeiros sintomas da doença.

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