A EDP e a China Three Gorges (CTG) vão criar uma nova participada para conceber, construir e operar barragens em África e na América Latina, disse à Lusa fonte oficial da empresa chinesa, maior acionista da elétrica. “Esta parceria permite criar uma nova empresa participada em 50% por cada uma das empresas, que será localizada em Macau, e deverá candidatar-se a oportunidades do mercado global de energia que possam ser satisfeitas com a conceção, construção e operação de pequenos e médios projetos hidrelétricos”, adiantou a mesma fonte à Lusa.

O acordo, assinado na segunda-feira durante a primeira visita a Portugal do novo presidente da CTG, Lu Chun, prevê o desenvolvimento de negócios de energia na área hídrica em países de África e da América Latina, conforme a Lusa avançou no domingo. Em nota de imprensa, a EDP informou na segunda-feira sobre a inauguração das instalações do New Energy World (NEW), que assinalam o arranque da cooperação tecnológica com a CTG anunciada no início do ano.

China Three Gorges, uma empresa estatal diretamente tutelada pelo governo central chinês, tornou-se o maior acionista da EDP em 2012, quando pagou 2,7 mil milhões de euros por 21,3% do capital da elétrica portuguesa.

O novo centro, instalado em Sacavém, vai “dedicar-se à investigação nas novas energias, assistência técnica mútua, apoiando ainda a participação conjunta em projetos internacionais desenvolvidos por outras entidades”. Lu Chun assumiu a presidência da CTG em março passado, depois de inspetores da Comissão Central de Disciplina do Partido Comunista Chinês terem detetado “irregularidades” na gestão da empresa, nomeadamente “abuso de poder em licitações e contratos de projetos”.

O anterior presidente da CTG, Cao Guangjing, foi nomeado vice-governador da província de Hubei, onde se situa a Barragem das Três Gargantas do rio Yangtze. Em Portugal, Li Chun vai encontrar-se com o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, e o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho. A China Three Gorges, uma empresa estatal diretamente tutelada pelo governo central chinês, tornou-se o maior acionista da EDP em 2012, quando pagou 2,7 mil milhões de euros por 21,3% do capital da elétrica portuguesa.

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