Membros das comunidades da África Ocidental em Nova Iorque queixam-se que os seus filhos estão a ser intimidados na escola e que os seus negócios estão a perder dinheiro devido ao que consideram ser um comportamento de histeria em relação ao Ébola.

O pânico instalou-se entre os americanos desde que um cidadão liberiano trouxe o vírus para o país e morreu da doença no dia 08 de outubro num hospital no Texas.

As duas enfermeiras que o trataram foram infetadas, mas acabaram por recuperar, e um médico norte-americano que voltou a Nova Iorque depois de tratar doentes de Ébola na Guiné-Conacri foi diagnosticado com o vírus na semana passada.

Vários estados norte-americanos e o Pentágono impuseram regras de quarentena para as pessoas que regressam de países afetados pelo Ébola, como a Guiné-Conacri, a Libéria e a Serra Leoa.

A Comissão de Aconselhamento Africana, um grupo comunitário em Nova Iorque, organizou uma conferência de imprensa no Bronx, onde vive uma das maiores comunidades africanas dos Estados Unidos, para exigir maior educação sobre o tema, de modo a acabar com medos desnecessários.

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“Preciso que a minha comunidade esteja segura mas também que esteja protegida”, disse o congressista Jose Serrano.

Na semana passada, dois rapazes senegaleses foram chamados de ‘Ébola’ e atacados na escola, no Bronx, acabando por serem levados para o hospital.

Os rapazes tinham-se mudado há três semanas para Nova Iorque, juntando-se ao pai, taxista na cidade há quase 20 anos.

O pai, Ousman Drame, culpou o ataque em “miúdos que não sabem nada” e disse que o incidente partiu da ignorância.

Jose Serrano já apelidou a agressão dos rapazes senegaleses de “inaceitável”.