Mais de metade (52,3%) dos trabalhadores portugueses têm qualificações abaixo do que seria suposto para o respetivo cargo. De acordo com um estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT), noticiado pela edição deste domingo do Diário de Notícias, Portugal é mesmo o país, de entre os 24 analisados, em que há uma maior desadequação de competências.

Não se pense que o cenário fica muito melhor direcionando a análise apenas para os trabalhadores mais jovens (até aos 31 anos). Segundo o estudo “Desajuste de competências na Europa”, 40,1% têm baixas competências para o posto de trabalho que ocupam. Pior que Portugal, só a Finlândia (49,7%).

Francisco Madelino, ex-presidente do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), “a subqualificação da população ativa portuguesa é o principal problema do país” e, segundo o mesmo, “decorre do subinvestimento que foi feito durante décadas na educação e da existência de um abandono escolar precoce muito acima da média europeia”. Em relação a este Governo, Francisco Madelino aponta para um erro que tem sido cometido e que se prende com “a desvalorização do sistema de educação de adultos” e defende que deve haver uma maior aposta no ensino vocacional.

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