Cerca de dois milhões de veículos saíram da circulação em Pequim esta segunda-feira, no primeiro de dez dias de restrições ao trânsito para assegurar a qualidade do ar na cidade durante a cimeira da APEC (Cooperação Económica Asia-Pacífico). Como há seis anos, por ocasião dos Jogos Olímpicos, até dia 12, os automóveis de Pequim circularão alternadamente, de acordo com o ultimo numero da respetiva matrícula: hoje pararam os pares; na terça-feira serão os ímpares.

A quantidade de emissões dos cerca de 5,5 milhões de automóveis que circulam diariamente em Pequim é considerada uma das principais causas da elevada poluição da cidade e consequente diminuição do número de turistas. Desta vez, os visitantes incluem os líderes de vinte países e regiões do anel do Pacifico, entre os quais os presidentes ou primeiros-ministros dos Estados Unidos, Rússia, Japão, Coreia do Sul, Indonésia e Canadá.

Cinco cidades próximas de Pequim, apontadas como das mais poluídas da China, adotaram idênticas restrições à circulação, e algumas das suas empresas foram obrigadas a reduzir a laboração. Nos últimos anos, a poluição tornou-se uma das principais fontes de descontentamento popular, quase ao mesmo nível da corrupção e das desigualdades sociais.

Segundo indicadores oficiais, a atmosfera em Pequim está frequentemente poluída e a densidade de partículas PM2.5, as mais pequenas e suscetíveis de se infiltrarem nos pulmões, excede muita vezes os 400 microgramas por metro cúbico, quinze vezes mais do que o máximo recomendado pela Organização Mundial de Saúde. A cimeira da APEC, marcada para 10 e 11 de novembro, será precedida por reuniões de altos funcionários, empresários e ministros dos 21 membros da organização.

 

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR